sábado, 23 de julho de 2011

Dieta Psicológica / Social


Mole, só parar de consumir em excesso. Como? Só fechar a boca. O ouvido. O interesse. Nutrir-se de pessoas nutritivas, ora bolas. Deixar aqueles que não se propagam em ti um pouco de lado, uma pincelada aqui, uma pincelada alí, doses pequenas. Ignorar quem deveria ter ignorado, ouvir quem deveria ter ficado calado, falar menos, ouvir menos, refletir menos e enfim ter menos problemas! Menos pra mais, se quer saber. É mais fácil digerir uma olhadela de rabo de olho, um sorrisinho com cara de cu e uns narizes em pé do que fazer parte desse meio, tendo que se esquivar das presepadas sociais que consomem mentes sãs. "E aí Leo, anda sumido, eim!". - É, tô ligado.

sábado, 16 de julho de 2011

Música Sem Nome




Eu tive sorte, eu tive azar
Tive motivos pra acreditar
que existe gente com medo arriscar
Eu tive sono quando eu dormia
Tive amigos que não queria
e inimigos que ainda quero bem
Mas como você eu nunca tive ninguém
Mas como você eu nunca tive ninguém
Eu tive tempo, eu tive prazos
Fiquei com medo de estar errado
e hoje vejo o "certo" atrasado
Tive traumas irreparáveis
e uma alegria irretocável
que espero manter daqui pra frente
Mas como você eu nunca tive ninguém
Mas como você eu nunca tive ninguém
Na minha lista de convidados
o tempo não entra sem presente
A festa é minha
Eu faço o que eu quiser
Expulso o futuro e passado
Mas como você eu nunca tive ninguém
Mas como você eu nunca tive ninguém
Eu tive sorte, eu tive azar
Tive motivos pra acreditar
que existe gente com medo arriscar
Eu tive sono quando eu dormia
Tive amigos que não queria
e inimigos que ainda quero bem

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Morena claro, Loira escuro.



Razão, que razão? Estou em estado de abstinência, pra mim já não há mais sentido a tal razão, e de racionalização parcial ou íntegra, continuo a formular questões. Questiono as respostas positivas e as entregas negativas, quase que em um balançar de suposta comodidade que de cômoda não tem nada, pra falar a verdade, é mais incomoda do que confortável. E de conforto já nos esbaldamos, se ainda lembras.Não vou voltar ao antigo e remoto "modus operandi", já pode se acalmar, ou de relance esperto pode se acalentar, por mais uma vez calor. Calor suprimido é bom, quando explode aquece todas as agustias oprimidas em disfarces à recalques, aquelas mórbidas e sutis fúrias contra quem se realmente quer. Sabe quando eu apareço nos meios mais superficiais profanando as frases mais artificiais, e mesmo assim desmascaro o mínimo de reação repentinamente sentimental? Esse sou eu, não é outro alguém. Esse é o puro ser, não um talvez de qualquer um, é um outro que conheces bem, repudia de vez em quando, mas no fim reconhece como querido fim de tarde quente. Quanto mais claro pra si, mais escuro pra ti. Os recursos se tornam escaços com o tempo que corrói o presente, o que sempre nos mantém longe, esse tempo babaca. Queria dar uma festa sem precedentes, tirando as regras que teriam de ser seguidas. Na minha festa o tempo não é um convidado, o presente é o aniversariante, o passado homenageado e o futuro um penetra qualquer. Nós nos banhamos de vontades e antigas aventuras, bebemos o que nos nutre, a tal afeição que nos mantém de pé frente à frente sem tremer. Talvez um ou dois pensamentos antigos guardados possam ser tirados da caixa renovando as sensações de agora, combinando o já passado talvez com aquele "sim, por você" que sempre nos conota tal frio na barriga. É só pensar, já foram loiras, morenas, ruivas, mulatas, estranhas, engraçadas, feias, bonitas, lindas, normais, malucas, sensatas, sentimentais, racionais, colombinas, princesas, rebeldes, punks, arianas, medíocres, apaixonadas, amáveis, amantes, amarguradas, alucinadas, alegres, "nem aí", não importa. No escuro é tudo igual. E pra mim, quem deve estar aqui estará no escuro ou no clarão. Sol me diz a direção, porque a lua disse que talvez sim, talvez não.