domingo, 5 de dezembro de 2010

O Rei dos Ridículos de Sunga.


Ah, as lembranças frescas de uma fase pavorosa, o que fazem conosco é indiscutivelmente radical na questão de mexer com nossa personalidade. Pavoroso do mesmo jeito que um mergulho em água gelada nos dias quentes ao final da noite, com gotas vindas do céu. Mesmo quando batemos o pé e franzimos a testa, não adianta, ainda assim nos surpreendemos com indumentárias escuras, sons contínuos e quaisquer tipo de revolução no círculo social. Somos meros ridículos, e de sunga mais ridículos ainda. Existem milhões de pessoas melhores que você, não importa quem é você. Mas veja bem, meu bem, se os grandes homens e mulheres do mundo não se detém no pensamento de quem é melhor do que eles e sim na questão principal, o quão eles evoluíram e se tornaram pessoas muito melhores do que antes, muito melhor do que muita casca vazia que se vê o tempo todo. Mesmo assim continuamos ridículos, pode ter certeza, e de “ridicularidade” seguimos e re-seguimos. Composto de auto confiança, reforçado a pensamentos positivos, complexos sutis de vertentes para as situações, as possibilidades, sabe? É, eu sei, chega a ser ridículo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Muito complexo pra você.


Segundo a falta de segurança, bem, nada daria certo. Porém, além de falta não segurar, muito menos assegurar nada, o que mais entender em revés de inseguro e calado? Falar, dizer, explicar; Talvez meus planos são sejam muito meus, ou simplesmente sejam situações e complicações espontâneas demais para serem nomeadas de planos. Nomenclaturas a parte, vindo de acaso ao bem tudo que vem tá bem, igual a rima infantil mesmo. Simples, direto e alegre. Se eu pudesse congelar o tempo em um momento feliz, bem, eu não congelaria, até porque todos queremos que ele nos faça um favor, apagar, recortar, colar, recolar, cortar... De tudo um pouco pra não faltar nada, de nada um tudo pra não faltar seja o que for, e seja o que for pra sobrar e fazer o "enterro dos ossos" no outro dia. Bem, acho que já entendemos a muito tempo, só o amor é luz.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pré-recordar, re-errar e sub-vencer.



Minha lembrança é clara, sua lembrança é turva, então o que fazer se não há mais janela para se observar um único pedaço de céu qualquer. Recordo nos mínimos detalhes, mesmo com a memória falha, recordo. Sei quais passos refazer, que medidas tomar e quaisquer motivos para inventar. Eu sou normal. Eu não quero ser, quero ser estranho, diferente, e como qualquer um não quero ser mais um. A aflição de talvez não deixar nada para recordar é fatidicamente um medo comum, daqueles comuns que sempre rejeito, deixo de lado pra não constar, e assim, “contasto”. Errar é humano, e mesmo pra nós os orcs é comum. Mas um erro, uma falha, nunca é precisamente cometida mais de uma vez, e se for, só assina mais uma página de seu próprio testamento. Ninguém em sã consciência torna a apertar o botão que diz o aviso “não aperte”. Se o erro é errado, não erre mais uma vez. Pois só de vitórias ninguém viverá. Não vence quem chega primeiro, vence quem atinge suas metas mesmo enfrentando os desafios mais desumanos. Quem nunca desiste, e quem sabe a hora de desistir. Quem diz um não mesmo que uma resposta positiva ecoe nas paredes do coração, aquela aguçada forma de reter os campeonatos emocionantes da vida. Assim pré-recordo um não errante, re-errando e assim afirmando que a morte de tal é iminente e sub-vencendo minhas novas corridas ao ouro.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vai Pagar Caro Por Me Conhecer



Chegou a hora e eu não vou correr
Não tenho medo pra te entregar

Minha amnésia apagou você
E Agora é minha vez de te falar

Eu não vou acreditar no
que você me diz (eu não vou!)
No que inventa para ser feliz (eu não vou!)
Nesse seu mundo que vai te
matar (eu não vou!)

Eu cansei, (cansei)
Eu não consigo esperar você (você)
Eu paguei caro para te esquecer (esquecer)
De todos planos eu já desisti (WHOOAAHH!)
Deixei pra trás tudo que consegui

Na minha vida não vai mais entrar (entrar)
Na sua vida não vou mais passar (passar)
E se você tentar me esquecer (WHOOAAHH!)
Vai pagar caro por me conhecer

Não venha dizer (NÃO!) o que eu
fui pra você (NÃO!)
Pois eu não vou mudar (NÃO!) meu jeito de pensar (NÃO!)
Não venha querer (NÃO!)
tentar me convencer (NÃO!)

Pois não tenho mais tempo de te aguentar!

Eu cansei, (cansei)
eu não consigo esperar você (você)
Eu paguei caro para te esquecer (esquecer)
De todos planos eu já desisti (WHOOAAHH!)
Deixei pra trás tudo que consegui

Na minha vida não vai mais entrar (entrar)
Na sua vida não vou mais passar (passar)
E se você tentar me esquecer (WHOOAAHH!)
Vai pagar caro por me conhecer (2x)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Agonizando de Alívio.


Minha bela linda bela, mais bela que a canção que vai de suave a linda bela. Donzela dona do meu peito, assim, fazendo de amor mais efeito que defeito. Eu pensava em ter tudo que fosse necessário para ir a tua rua e dizer que sim, ainda sou seu, e que vou sobrevoar teu telhado para fazer sombra quando o mormaço escaldante daqueles dias de primavera estiver por chegar. Ainda mais de saudade me perdura lembrança de encontros a luz da lua, ou do sol, de escuro de filmes que nem lembro os nomes e de embaraços sobre encontros desencontrados, afagos com outras damas de copas fora. Mas minha linda, o que liga o teu coração ao meu é estranho e se disfarça em trêmulos desfechos de situações fantasiadas de fim de capítulo, ou ponte para continuação. Quando acho que me esqueço em pensamentos tu pega a minha mão e coloca calor de sopro que dá vapor a brasa de fogueira junina. Meu sonho não é mais sonho, pois se move, fala comigo, se importa e tem nome. Não amo, não estou apaixonado, não tenho uma queda, não “dou mole”, só não consigo viver sem. Linda bela, mais bela que a canção de dó com acorde de choramingo do meu lamento por não poder abraçar quando quero, ai de quem sustenir meu dó de remoer lembranças do lábio e do cheio que abre meu sorriso mais sincero. Bela linda bela, mais linda que a canção de par de sol a iluminar um coração já claro em sua vontade de continuar a compor arranjos de melodias a melancolia e nostalgia do bom e velho samba, a dois. Minha bela linda bela, mais bela linda bela. É em alívio que agonizo de saudades por ela.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um Rei e o Zé


Um rei me disse que quem deixa ir tem pra sempre.
E me contou que só foi rei porque pensava assim
Tão diferente.

E eu, que andava assim tão zé,
Deixei que tudo fosse e decidi olhar pra frente,
Mas não vi nada.

E o rei me disse:
“A pressa esconde o que já é evidente.
Foi do meu lado que eu achei o que me fez assim
Tão diferente.”

E eu, que corria assim tão zé,
Deixei que tudo fosse e decidi mudar de frente,
Mas não vi nada.

Não leve a mal,
Eu só queria poder ter outra filosofia,
Mas não nasci pra conversar com rei.

domingo, 19 de setembro de 2010

Culpa, cabe a ninguém.


Estúpido, imoral, violento, lamentável e sem coração. Atencioso, simpático, carinhoso, protetor e mole. Alguém tem de ter culpa por tudo isso, alguém a carrega como a bandeira branca que tem o poder de fazer a guerra encontrar seu fim. Por motivos estúpidos esbarramos com problemas atípicos, coisas tolas e coisas sérias, ou nem tanto. De fato por ser estúpido o homem consegue enxergar seus erros e mudar parar melhor, mas falando mais que sério, por estupidez a culpa cabe a ninguém. Sobre esse negócio de moral eu não posso contestar, é imoral e ponto final. Por inúmeras vezes pisamos e limpamos a imundice de nossos pés na moral, murchando-a até desaparecer e só então retornar com cara de imoral, e tudo num piscar de olhos, mas cabe a ninguém essa culpa tão grotesca. Violência não física, tirando o fato de eu não saber me conter em alguns momentos, mas enfim, violência verbal é a culpa solidificada, mesmo sem ser sólida, mas imagina como fosse a pedrada que você recebe depois de um “eu não me importo com você”. É a dor de receber qualquer palavra ofensiva de quem só se espera vomitação de arco-íris. Mas por isso, a culpa também não cabe a ninguém. Chegamos ao ponto auge, lamentação. Há certa política dentre essa coisa que inicialmente tem o poder de deter a lamentação, de não atrela-la ao arrependimento, e nisso todos concordamos e assim a sangue frio assassinamos o arrependimento. Mas estamos falando de ser lamentável, ouvir uma música e surgir um tom de lamento ao “parece que o amor chegou aí, eu não estava lá mas eu vi”, ou simplesmente nos entorpecer ao sentir o cheiro da pele numa simples peça de tecido. Por lamentar não nos deixamos partir, porque não é necessário um adeus de colo a lamentar pelo lamento já enrugado. Por ser lamentável as lembranças se põe a seguir verticalmente ao topo do cume, lá mesmo onde o vento é mais leve, o estomago congela e sempre há um sorrizinho de canto de boca com “felicidade” estampado em negrito. Então, por ser lamentável a ninguém cabe a culpa. E como dito antes a forma pouco me importa, as palavras sempre me faltam mas mesmo assim sempre vou tentar dizer, ou deixar subentendido. Não nadei até aqui pra morrer na praia, me falta ar mas eu continuo até chegar a ilha, continuo a esperançar meu ar no chão firme e paradisíaco. Convenhamos, somos ninguéns muito alguéns, não é?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Grande Idéia Genial


Dance, dance
Será feliz então
Como é que se diz
Alguém assim Mas que contradição!

Parece que nunca vai
A prece que ela já vem contar
Os dias de paz
Que nunca vêm
Nunca vêm

Dançar, dançar
Nunca vêm dançar

Mova-se
Foda-se
Ela já cansou de ver
O que simplesmente
Mente, suga e toma de você
Mas deixe a considerar
O espaço que ela já tem e vê
Que tudo que faz o bem maior

Você
Já tem
A grande ideia genial
Então
Porque que não divide com ninguém?
Você já faz
Ideia do que faz
E mesmo assim
Pra mim
Não faz mais que o seu papel.

Vomitando Arco-íris


Foi de prosa atoa em um longo caminho, dos desdenhos de quem não tanto se importa como se imaginava que saiu a profana realidade que me envolveu. Após longos duelos de ego e nem tão ego assim pousou sobre o lírio ao redor do meu lago e me veio falar o que não falara, como assim, logo pensei, logo depois já me punha a não mais interessar. Agora tenho rédias, e outras pessoas perdem as suas. É mais ou menos como se fosse o aniversário que o presente na verdade é uma lembrancinha, daquelas quase inúteis mesmo. Foi de reflexão conformada de rotina meio aleatória que me fiz entender, ou não tão bem assim, digamos que fiz minha própria conclave sozinho e durou muito tempo para a escolha, que nem foi escolhida a fim. A pedra no sapato é meio aguda, se andar dói, de parar dói, se deitar dói, se respirar dói, pensar dói, saudade dói. Faz falta, e obviamente não é tão simples como um não ou um sim de borda de talvez enfim, e bla bla bla que sempre há pelos arredores de quem, bem, não é questão de não saber, é na verdade não querer explicar. Há quem se apegue por insistência do tempo, mesmo depois de conturbadas controvérsias, inúmeros acontecimentos desastrosos, mas que a amizade não lapida tão fácil, se põe em rigidez absoluta. Também há quem costumava andar por dois mundos, dimensões paralelas e sutilmente distintas, uma preto e branco e uma em cor viva. E logo se pôs a confundir cor por não cor e unir as tintas em tons apastelados e mais sem graça, involuntariamente. Logo então há quem se olhar, enxergar é outro quesito, mas só de olhar já há satisfação. Quem para um dia agitado e o resume em uns 2 segundos de olhar rápido e desajeitado com tanto movimento que o pensamento só chega depois. Quem se faz presente sem estar, talvez por costume de amor de lero lero, ou talvez só por lembrar-me tanto os dedos entre meus cabelos. Foi de prosa atoa em um longe caminho, que a proteção não me protejera, ao invés, me agrediu de forma até sublime. Nessa viajem eu parei de vomitar arco-íris e isso não é uma coisa boa.

domingo, 12 de setembro de 2010

Do Mesmo Ar


Oh, linda menina
Escute essa canção
Pra você que não entende
O que é paixão

Oh, linda menina
Do meu coração
Quando menos se espera
Se encontra a solução

Oh não... cansei de viver nessa situação
Assim, aquele olhar que não é capaz
De se entregar a alguém
Que pede perdão

E então, o sonho de ter você em minhas mãos
Difícil é ter que agüentar
Ver você passar e não poder respirar
Do mesmo ar

Desculpa, amor
Como eu te amo
Como te redescubro, amor

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ausência de Queda.


Me desculpe, a pausa para o cafezinho foi longa, eu sei. Passa muito longe dos meus caóticos pensamentos querer ser demitido, é sério, não estou pretendendo fazer um coffee break tão longo de novo. Então, onde estávamos? Ah sim, na parte em que começamos a questionar a realidade, a nós mesmos e os que nos cercam, claro. Estamos presos entre dois mundos, e temos que escolher em que chão andar. Erguer as mãos não para o alto, mas para as pessoas que nos tornaram do jeito que somos, agradecer pelos malditos que destruíram parte das coisas que nos mantém boas pessoas e nos conformar em talvez sim, talvez não. Tiro o meu chapéu para os pobres coitados que pensam que nada de melhor pode sair daqui, que seremos sempre da média para baixo e que nossas expectativas não passaram só de expectativas. Dos que olham para nós com desprezo por notar algum defeito errante, embaçando seus pobres olhos e privando-os de enxergar nossa qualidades. Espero que continuem assim, os ignorantes que são, para que eu possa me sentir melhor que alguém. Sabe, eu tomei gosto pela mentira, tudo bem, eu confesso que ela me seduziu aos poucos e eu dei o braço a torcer porque quis. Você sabe que eu não consigo resistir a lábios carnudos, uma respirada no pescoço e conversar baixinho pra ninguém acordar. Não precisa nem olhar assim de cara torta, a mentira só te deixou mais atraente. Eu sei, estava até demorando, mas eu não vou justificar minha ausência, pois então conforme-se que eu esteja aqui e querendo o seu bem. Mentira, eu vou falar, é que eu fui alí pegar o café, ai eu caí de cara no chão, por isso demorei. Claro que “caí de cara no chão” é uma expressão que tomou o lugar da explicação do tempo ausente, eu sou assim e você sabe. Quem tem pressa sempre chega tarde, é só lembrar. Me faz um favor, pega lá um café pra mim e cuidado ao cair, tudo bem? Com licença, tenho que voltar ao trabalho, até logo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sente tocar, sem te tocar.


Ouviu? Parece que o vento quer dizer algo, a brisa que balançou a cortina agora a pouco veio me trazer uma mensagem, só me falta a sensibilidade de entende-la por completo. Entre as dobras aleatórias da cortina eu imagino os possíveis caminhos que a brisa poderia tomar, e chego ao fim de um que mais me afeiçoei até a parede. A parede não é um branco vazio, é um amarelo pastel que em certos dias parece ser sem graça e em outros dias mais afortunados transborda a energia de um amarelo mais vivo. E nela não existem objetos com diverso propósitos, há somente um quadro de alguém que sequer cheguei a conhecer, de uma voz que só ouvi por gravações, mas que significam muito pra mim e pra milhões de seres como eu. Sem graça ou com energia, amarela ou branca, não importa, as paredes me rodeiam e a brisa igualmente se põe a rodear. O sofá é a carência em pessoa, um azul solitário, coberto até o pescoço de diversas almofadas, mas na real, raramente é utilizado e provavelmente continuará assim até seu fim. A cama é o centro do drama, e o travesseiro o ombro amigo. Eu penso na cama quase como um divã, a parede é só um ouvido qualquer. A verdade, a verdade, eu passo horas nesse lugar, eu sei exatamente como cada coisa é, como eu posso usar diversas analogias e formar um texto, as vezes pobre, mas vezes até legal. Sei que consigo construir uma linha de pensamento meio abstrata mas com toques que fazem a pessoa entender que é pra ela. Posso falar mais e mais, talvez alguém se identifique com a história, talvez não. Estou usando todas as coisas ao meu redor pra propositar a mim mesmo algo que vai me dar o mínimo de conforto, vai me deixar falar pra sei lá quem for entender, mas não tem como não deixar claro que todas as coisas aqui me fazem lembrar de você, tudo que eu vejo ecoa um só nome. No final de historinha a brisa veio aqui atoa, porque antes de eu inventar a brisa eu já sabia o final.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Batida


Quando o tempo vai roendo
Os ossos do calendário
E você envelhecendo
Como um louco solitário

Ainda existe uma saída
Pra salvar o coração
Basta um copo de batida
De limão

Quando alguém deixa os teus braços
Sai voando e vai viver
Meu amor feito em pedaços
Leva tempo pra morrer

Pra curar essa ferida
De uma paixão que se acaba
Basta um copo de batida
De goiaba

Quando a noite desce fria
Como um fundo de uma lagoa
E ao amanhecer do dia
A luz dos olhos magoa

Pra que a alma dolorida
Tenha aonde repousar
Basta um copo de batida
De maracujá

Quando você já não quer
Acreditar em ninguém
E os olhos dessa mulher
Amam sem dizer a quem

Pra haver uma saída
Ligando o eu e o tu
Basta um copo de batida
De caju

Quando todo mundo crê
Que o que importa é ser feliz
Entre todos só você
Sabe que não mas não diz

Para a boca contraída
Imaginar que está sorrindo
Basta um copo de batida
De tamarindo

Quando o último segredo
Dorme iguais o não e o sim
E a gente encara sem medo
A rocha escura do fim

Pra curar o mal da vida
Quando não restar mais nada
Basta um carro e uma batida
De madrugada

sábado, 31 de julho de 2010

Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?


Nada é em vão, mesmo aquilo que aparece ser em vão, não é. Em tudo há um fundo de porque, do jeito certo de não entender e errado de se querer. Viver com a mente lá onde ela tem que estar, enforcando as angústias que aqui hão de passar. E ainda assim, bambeio de vez em quando, mas sigo bambo. Ao que mais imploro de mão juntas, fé em si e dor de luta, através do tempo reluz o vento do sopro de seu talento seco em vento de encontro, desencontro. Essa coisa que reluz no olhar que vem até aqui, busca meu peito e leva embora, pra longe do vazio chato, outrora robusto cheio de dó de quem não tem alguém assim pra si. Se apago rápido, ficam os vestígios do rabisco trêmulo, o desenho mais bonito que eu pude fazer, o rosto mais perfeito que no escuro eu pude ver, e me ceder, de quem se atreve a me dizer. A silhueta ao sol da pessoa que me fez entender que um só não faz um mundo colorir, que aflição é coisa pra se aprender a conviver e tirar sarro pra não se esquecer de que alegria vale mais que sofrer. Tolerante a parte do estandarte do amor acalentando minha parte de bobo da corte, alegrando o reinado de azul celeste aconchegante, colo mais macio que me pus a deitar. Dificulta meu pensar em deixar pra depois por ter tanto a transbordar de mim a dois, confirmo que as palavras só atrapalham em horas amenas, o que a fala diz fraca porém firme de confiança totalmente plena. O que almejo a desfecho não é meu entender tido como certo, mas como vital ao desembocar o extenso rio que nos leva a quase naufragar, mas mantidos rígidos, nos ajuda a vivenciar a paz profunda do cais. Meu anseio é tremendo quando encontro a figura ilustre e principal do filme da minha vida, que pede mais ação. Chego a pedir que me leve agora, me arraste pra perto de um abraço robusto, ajusto um pouco mais, abraço com gosto de quero pra sempre não tem e nunca terá lugar certo para ser concedido. E mesmo se tiver lugar com quem estar, aplauso para aplaudir, rosto pra beijar, concurso de beleza no qual sei que vai ganhar, rosto tristonho que sabes muito bem como afagar, transforma o mal no bem, o sei lá no que nos convém, tira mais uma senha que eu furo fila pra pegar o prêmio que me dá direito a vida de rei, sina de rei. Contudo eu me ponho em frente ao espelho e mudo digo ao rapaz que vejo uma linda história de meio triste, mas que soa como um desejo, inicio de vendaval na varanda e final de noite tranquila na cama, mas, nem se atreva a me dizer do que é feito o samba, nem se atreva a me dizer.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sílaba Tônica: Não.


Me sinto ridículo, pessimamente ridículo. Dizem que não sei dizer um sim pra variar, normalmente sai um não com uma couraça grossa e nada amigável. Deixa só esclarecer algumas coisas. Um, não me adapto a essa coisa pegajosa e parasitária social, não confundo minha posição social com lampejos de alegria de plástico de brinquedo de carnaval, daquelas que se usa uma ou duas vezes e já tem que jogar fora. Dois, eu não sei dizer não, fico por aí apaziguando temores, ouvindo rumores, esquentando minhas orelhas no forno com o fogo mais cortante toda semana, e ainda assim o não, não é proferido. Três, não é por isso que eu saio por ai transbordado de sim pelas calçadas, fazendo caridade as pobres almas ao meu redor, colocando uma afirmação positiva no meio da rua movimentada assim atoa. Quatro, de uns tempo pra cá eu ando muito irritado, é raiva de deixar o rosto vermelho sangue, descobri que não sou imune a deboche, falta de carácter e imaturidade. Cinco, preciso que o novo me dê uma mão, o antigo me puxa pra baixo muito rápido, estou imerso num lodo meio pesado, fica meio difícil de esquivar de algumas coisas preso assim. Eu quero o futuro agora, esse presente está totalmente sem sal. Se faz parte do presente, não se assuste se a resposta pra sua pergunta for não. Provavelmente é.

domingo, 25 de julho de 2010


Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Desperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar

Suavemente prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Muda.


B: Oi!!!

A: Oi!

B: Tudo bem?

A: Tudo. E tu?

B: Tudo ótimo.

A: Que anda fazendo?

B: Muita coisa!

A: Tudo o que queria?

B: Nem tudo.

A: O que falta?

B: Amor.

A: Estamos na mesma.

B: Não, não estamos.

A: Mesmo?

B: Eu tenho o amor que você quer.

A: Eu também tenho amor pra te dar.

B: Tem o amor que preciso, não o que quero.

A: E como é o amor que tu quer?

B: Aquele que você não tem.

A: E se eu conseguir?

B: Não vai.

A: Vou.

B: Você não sabe o que eu preciso!

A: Tu sabe o que eu preciso?

B: Pergunte a você mesmo.



domingo, 18 de julho de 2010

A Silhueta do Conformismo.


Sim, eu sou egoísta, de lua, me contradigo inúmeras vezes, mas sei exatamente o que faço, não fico fingindo que virá uma onda colorida num mar de rosas que me guiará até a ilha mais calma de todas. Já fui de me entregar para poder apaziguar os ânimos aflitos de quem me assistia com olhos fervorosos de paixão, ou seja lá o que aquilo foi, ou é. Dei tempo ao tempo pra tentar compreender coisas, ressaltando os atos alheios, um preço barato pra você, mas mesmo o barato não é de graça. Existem diversas formas de contar a mesma história, mas todos sabemos que há uma forma que não tem vertentes fantasiosas ou mentirosas, segredos são temporários. Quando o tom da voz se eleva é o sinal, transformando-os em verdades, mas mesmo assim eu chuto que você não ouvirá. Mas agora é aquela hora, eu me contento com que consegui até agora, o que com esforço ou falta dele eu tenho, e ouça em alto e bom tom, eu não vou dividir com você nem uma fração do que o pobre do meu coração tem a te falar porque o ingênuo e maldito órgão é um fracassado por sempre fazer mais questão de se sacrificar ao causar dano a um da mesma espécie, reles imbecil. Se você ou qualquer outra pessoa não pode me ouvir, tudo bem, nenhum de vocês pode me parar, vou me por a questionar qualquer tipo de ação que ignore o fato de termos um cérebro e não usarmos. É estúpido ter sede, ver o copo de água gelado bem na sua frente mas se contentar com chá de erva doce em temperatura ambiente, ah, faça-me o favor. Já parei com esse negócio de fazer drama tem tempo, de falar que tudo que eu sempre mais almejei se foi, que meu sentimento se esvaiu e bla bla bla, mas contente-se, isso não é culpa. Mas eu só quero ver quando o castelo desabar, como a princesa vai fazer pra se safar. Um dia desses aí eu acordei meio vermelho de raiva, era uma raiva meio estranha, daquelas que se desabafa vomitando palavras, pondo pra fora tudo que temos pra falar olho a olho, na sua frente e sem dó, que esse sorriso leve esconde o que você sabe muito bem o que é. Que nossos olhos olham pra frente e veem que não tem pra onde ir, desse jeito não dá, sabemos que nesse momento o seu lugar é muito longe daqui, pois o mundo é muito, mas muito maior do que uma simples porém complexa mentira. Vou ficar por aqui, porque de mentiras eu já estou bem, mal.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Garrafas, fumaça, peitos e bunda.


É difícil de explicar só pra quem deixa ser, é bem notável a simplicidade do assunto. Sabe quando você se pega já crescido, no meio de uma sociedade quase babilônica, conhecendo inúmeros tipos de pessoas, estereótipos para dar e vender. Como se a infância fosse um flash rápido que veio pra entorpecer mesmo, e lembrar que ser jovem é contar regressivamente a progressão iminente. Ei, acorda rapaz, você tem barba na cara! É bem estranho quando a vida passa e você está no olho do furacão. Sabe essas coisas simples que nem as férias. Normalmente a gente não espera as férias, nos clamamos pelas férias como se fossemos morrer instantaneamente sem elas. Ainda mais no final do semestre, quando estudos, trabalhos e projetos chegam ao seu estresse máximo, então cadê as benditas férias, aquelas que a nos não vamos parar um dia se quer em casa. Então, se você é como eu, ou quase isso, você notará que as férias meio que amortecem nossas sensações, não tem tanta agitação nas férias, elas servem mais pra fazer a gente parar e o tempo dar um pique que nem nigeriano na copa do mundo, até porque o tempo voa quando estamos de férias. Enfim, felicidade reinará. Tem gente que se contenta com pouco, tem gente que só se contenta com seu reinado erguido sobre o próprio nariz. Eu me alegro fácil com duas garrafas de heineken e alguns amigos, nada de mais pra muita gente, mas pra mim é mais que demais, é necessário. É engraçado quando a gente pensa em tudo que passou só esse ano, coisas absolutamente normais mas que realmente faz a memória funcionar, as conversas, discussões idiotas, brincadeiras, brigas, noites, bebedeiras, amores, affairs, beijos, abraços, sexo, idiotices, problemas... Tudo que faz a gente ficar cada dia mais maluco. Eu realmente não preciso de tudo, mas tudo que eu preciso eu corro atrás. Fico bem feliz com a cerveja e os amigos, me alegro também com uma noite a dois, um amor pra mais tarde, ou aquela coisa menos prolongada que empurra o tédio pra bem longe. Estou bem só, até porque estar só não é ser só. Também quero um amor pra vida, todo mundo precisa de alguém, mas o negócio é ir devagar pra não tropeçar nos próprios pés, mas não lento demais pra não perder o passo. Falando em mulher, queria esclarecer se você é mulher e está lendo preste atenção nessa parte. Nós homens ficamos hipnotizados por bundas e peitos, mas não por não amarmos as mulheres que namoramos, ou estamos, ou enfim, nada disso. É pelo simples fato de que nossos instintos nos dominam como animas. Um silhueta voluptuosa, bunda grande, peitos empinados, levam os hormônios a loucura, e assim instintivamente nos colocamos como um animal macho “exitado” por um animal fêmea. É a mãe natureza, aquela depravada, que fez isso com a gente, então, não confundam as coisas, reclamem com ela. É bizarro imaginar todo o caminho que uma vida faz, até se ver cercado por coisas assim, bebidas, cigarro, mulheres e malucos de todo gênero. Eu sou uma daquelas pessoas que imagina as coisas como um filme, quase toda situação é a mesma coisa, uma cena familiar. A única coisa que não consigo é imaginar o futuro, isso eu deixo pro acaso, e uma coisa eu digo, ele se amarra em me impressionar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A re-volta e a revanche.


Você pegou tudo que eu mais queria e escondeu, deu sumiço e não quer me dizer onde está. Não faço a menor ideia do que dizer. Mentira, na verdade eu faço sim, e olha lá quem vem vindo, a verdade com luvas de boxe e muito vigor para lutar. Por tanto tempo achei que era por bem, as vezes por carência, por proteção, orgulho, medo, nada, só tenta é fugir. Eu quero muito mais, as pessoas sãs querem muito mais, muito além do programado, do comum a todos, muito mais do que o normal. Tenho absoluta certeza que por muitas vezes você achou que eu tinha desistido, mero achismo, não estou morto, apenas fui ferido. Quanta clemência de minha parte amortecer as palavras de peso com análises suaves e prepotentes, mas eu sei que o tempo acabou. Eu já pensei mais vezes do que me lembro, exatamente esse mesmo quarto escuro, em palavras, frases, cartas, textos, prosas, versos, canções, pensamentos e nenhum deles me deu uma resposta a altura de uma continuação harmoniosa, ainda assim me sinto mais seguro. E eu sei, é longe. Quero dizer e ouvir mais, não importando quais as notícias e quão difícil será o caminho. Se a a partida é difícil, a volta é uma moleza sem igual. E de dádiva vivemos estupendamente bem, de dádivas me pus a caminhar retilineamente. Leia com atenção, quando me deixar de lado e a realidade beijar a lona é hora da revanche. Então volta logo, medrosa.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Teoria sobre o "achismo".


“-E aí, está afim? Estou sim, eu acho.”. Notou o problema? Não?! O “sim” foi totalmente inutilizado com o “eu acho”. Essa afirmação não é afirmativa, é impossível afirmar na forma de “achismo”. Já sei, bla bla bla porque eu já passei por muitas coisas bla bla bla bla se põe no meu lugar bla bla bla é foda decidir coisas desse tipo bla bla bla bla sim bla bla bla não sei bla bla bla eu acho. Vamos aos fatos, homo sapiens, são milhares de anos de evolução até o presente momento em questão, então pensa comigo, seu cérebro sabe processar exatamente que você quer. Sem esse papo barato de pensar com um órgão que serve exclusivamente para impulsionar sangue por todo nosso corpo, use a cabeça. De um lado uma rua em tarde de domingo, com sol baixo, várias árvores que ressaltam suas sombras e muita paz,o sim. De outro, um cão bravo que parece ter um exótico apetite por carne humana, o não. E você em cima do muro, um equilibrista sem equilíbrio, o eu acho. Conseguiu enxergar o ponto? Então, na real todos nós sabemos o que queremos, a gente só dá uma empurrada com a barriga, todos nós sempre pensamos exatamente o que queremos, só ficamos nessa de eu acho por babaquice aguda, se é que me entende. Quem vive no “achismo” não muda muito, continua a mesma coisa sempre, se é sem graça, fica sem graça. Será que é tão difícil assim confiar em nossa própria confiança? É obvio que não, eu acho.

domingo, 11 de julho de 2010

Estivador




Açúcar no cais do porto
É na estiva, é na estiva
Ás vezes me sinto morto
A alma morta, a carne viva

Podiam me esquecer
É tudo igual, é todo dia

Disputas na estivagem
Viver de amor, calor e briga
Capo é um bom selvagem
Empurra o fardo com a barriga

Podiam reconhecer
Alguém mais fraco sucumbia
Mas eu aguento a carga do vapor
Sou calejado, sou estivador

As putas do porto partem
Na convulsão dos dias quentes
Que voltem, que se fartem
Com meu coraçãozinho ardente

Podiam lembrar de mim
Alguém sincero lembraria
Mas eu seguro a carga do vapor
Sou calejado, sou estivador.

domingo, 4 de julho de 2010

Fala pra ela, Sorte.

Sua vontade suplica escandalosamente por algo complicado, mas vou lhe dizer algo simplório em alto de bom tom, daqui não sairá nada que não seja simples de entender. Não há dor de que agarre tão forte e puxe pra baixo um coração protegido pelas garras da força de vontade estupenda de quem sabe o que quer. Seu olhar implora por compaixão, por um aperto nas bochechas, aquele carinho que não mata ninguém, muito pelo contrário, que glorifica o ar em nossa volta e nos faz suspirar ao invés de simplesmente respirar, exatamente pra nos manter mais vivos. Quando acordo eu penso em coisas simples como essas, nesse tom de simplicidade. Apesar de seus pés cansados após uma longa trajetória parcialmente em vão, de uma boca seca de tanto se esforçar ao falar um mar de palavras que por final se mostram totalmente dispensáveis, de olhos aparentemente secos mas na pureza da verdade que a cerca encharcados por culpa de frustrações efêmeras, sim, ainda há alguém no “backstage”. Alguém lhe soprando o que você não lembra, mas que leu no “script”. O desfecho dessa peça é o que realmente importa. Enquanto isso todo mundo brinca de se fazer de outra pessoa, incontáveis personagens poderiam ser sitados, e outra coisa, o final será espetacular. Sua vida pede mais de você, eu só tento de formas simplórias mostrar os caminhos que enxergo de relance ao caminhar pelas redondezas. Ah, fala sério, sabe de cor e salteado que estaria ao seu lado nesse exato momento, que daria suporte e confortabilidade em todos os quesitos possíveis. Mas ao invés, faz o revés. Entra numa caverna escura e tenebrosa com uma placa na frente “Encontrará uma linda caverna, mas cuidado, ela virará a caverna mais escura e tenebrosa.”. O que desejar mais pra você a não ser boa sorte, mesmo sabendo que a sorte lhe deixará assim que dobrar a esquina, e imagina, eu e a sorte indo embora pra beber uma cerveja e trocar uma ideia com o tema “Bem que nós avisamos.”

sábado, 3 de julho de 2010

Anulador de Personalidade


Eu sempre sei mais do que acham que sei, sempre me chega a verdade ou quase isso de forma repentinamente e extraordinariamente rápida. É praticamente como ser um ninja com atributos sociais, silencioso, viril, sagaz, dinâmico e eficiente. Boas e velhas histórias como “estou longe mas estou perto” e “as paredes em ouvidos” funcionam pontualmente comigo. Mas nos momentos cruciais quase sempre alguém sai mal, mancando e esfarrapado. Obviamente nossas vontades são sempre as melhores, de acensão ao melhor possível para todos, mas é mera cordialidade vinda da personalidade que nos detém, o que nos domina é a realidade dos fatos, decepções sempre serão decepções. E aprenda a conviver com isso, você sempre irá se decepcionar. E na revolução dos atos imorais e irreversivelmente agressivos, não se perca dizendo que não sabia o que queria, ou que realmente é isso que quer pra si, mesmo sem saber. Caia, mas caia sabendo que cairá e que pode se levantar só, propriamente por saber que praticamente se atirou à queda livre. Uma mão amiga, um chicote que corta a carne, dependendo do ponto de vista, vem da mesma pessoa. Acorda, joga água no rosto, dê uns tapas na cara e só depois diga se concorda ou não. Até lá, vou dar uma volta pra relaxar e respirar um pouco de ar puro, até mais. Muita informação, muito processamento, muitas conclusões, muita ação, nenhum resultado. Meu fardo.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eu gosto de você, imbecil.

Puta que pariu, é isso aí, se começa com palavrão o buraco é mais embaixo. Como ia dizendo, puta que pariu, dá vontade de gritar o mais alto possível bem na sua cara: eu gosto de você, imbecil. Porra, tem gente que parece cego de ego, ou seja lá o que essa coisa invisível porém viscosa é. Qualquer completo inútil nota que o meu gostar, qualquer mero desentendido da vida, ser desprezível, retardado e descartável pra mim. Hoje eu esqueci os bons modos em baixo do travesseiro assim que me pus de pé, lá pelas 9 da manhã, enquanto pensava comigo mesmo o quão imbecil e desnorteado um ser humano pode ser. Se eu me entregasse ao exagero faria uma faixa do tamanho de uns 4 carros enfileirados dizendo exatamente o que você acabou de ler no título, sua anta. Ah, espera aí, pode me xingar sim, mas vai a merda porque eu demonstrei de inúmeras formas (porém numeradas) o que eu tenho aqui. Uma vez fui sutil, a outra eu foi babaca, mais um eu fui o carinho em pessoa, e por mais uma vez o babaca, viu? Então, o babaca sempre ganha no final. Também, pra uma pessoa tão desprovida de vergonha na cara, não, não estou falando de você, dessa vez falava de mim. Não que a vergonha que lhe reste na cara seja lá muita coisa. O que é aparecer no carnaval só com uma mascarazinha de nada, daquelas a lá Zorro, medíocre. Não me leve a mal não, mas é que estou tentando fazer tudo ao contrário pra ver se dá certo, porque do modo tradicional a carroça não anda, o burro atola, quebra a pata e tem que ser sacrificado. Então deixa de ser uma boçal que não consegue enxergar o que está na frente do seu nariz, a porra da placa do tamanho do mundo em negrito vermelho que diz o que tem no título, caralho. Para de agir como uma retardada e não se entregar quando tem que se entregar, de fugir por simplesmente achar mais fácil, cômodo, ou seja lá que diabos eu estou digitando. Amargurar só pra talvez, quem sabe, se der, algo cair do céu na sua cabeça dura e mostrar que é a hora de agir, falar, e outras coisas mais. Ah, foda-se os bons modos, os costumes e os outros. Pro caralho com o que fulaninho fala pra sicraninho, por mim todos podem falar qualquer tipo de merda, pensar as piores asneiras do mundo, que comam lavagem no final, pois não passam de porcos, parasitas sociais. Quer saber com que eu me preocupo nessa imundice toda de bla bla bla sem fim? Com você, sua mongoloide de merda. Então não me venha com essa de deixar que está bom assim porque você não é tão desprovida de cérebro a esse ponto, sei que aí dentro do vácuo quase sem fim algo as vezes lhe sopra ideias tortas. Então se agarra numa porra de uma ideia torta dessas e sai do vácuo, pensa só pra variar. Deixa de ser imbecil e leia com atenção: eu gosto de você, mas que merda. E se nada disso adiantar, me avisa que eu volto a ser quase sensível, não, não volto não. Se você não fosse você eu te daria um murro no meio da cara, só pra aprender a prestar atenção em quem mais presta atenção em você, imbecil.

*Todas as ofensas, palavrões e ameaças contidas no texto não são realmente no intuito ofensivo. Gostar não é nadar em mar de rosas e que se foda.


domingo, 13 de junho de 2010

A.D.E.U.S. - Almejar, demonstrar, escolher, usar, sumir


"O tempo é muito lento pra quem espera, muito rápido pra quem insiste, muito longo pra quem sofre, muito curto pra quem aproveita..."


Dias turbulentos, turbulências necessárias, necessidades reprimidas, ou quase. Tudo seguiu seu curso natural, até o ponto em que a flor deixou de exalar o seu aroma e notou-se ser de plástico. O vaso era só um mero vaso, aqueles de qualquer varanda, de qualquer esquina, de qualquer lugar, de mero qualquer. Olha o desapego aí, minha gente! Provavelmente ele é meu estandarte, desfilando na Apoteose das minhas respostas. É meio difícil acordar, ter que fazer inúmeros afazeres, ouvir muita baboseira, falar muita coisa e vão, e voltar pra cama vazia, mas cheia de pensamentos que perduram em nos visitar nos longos momentos pré sono. As vezes eu penso, as vezes nada, eu sempre penso, imagino sua voz dizendo algo sem medo, mas de dar medo. Quando eu vivo esse encontro, eu digo adeus. Entenda que eu não vou voltar atrás, eu não vou dizer que não, não vou falar que sim só pra agradar, vou fingir que está tudo ok, vou mudar pra melhor pra fazer a minha sina a de um grande personagem. Você vai ouvir muita coisa de seu agrado, vai ouvir muita coisa que irá te decepcionar, ouvir muita coisa que vai te assustar, muita coisa que vai te calar, muita coisa que é pra se ouvir, mas nenhuma delas vai me por de volta aqui do jeito que estou, nessa vontade louca de dizer... Esquece, refaço os meus planos pra rimar com os seus. E eu que nunca fui bom em planejar, até que posso dizer que a meta é alcançável, incalculável a distância a se percorrer, sem problemas, minhas pernas são fortes. É engraçado como esse pensamento de “estou me expondo ao ridículo” é totalmente esmagado por uma força gigante que há dentro de mim. E pra falar a verdade eu nunca estive muito aí pra qualquer coisa mesmo, estive pouco me fodendo pra alguns olhos curioso, bocas teimosas, orelhas afiadas e caras de mal. Não me prendo em pensar o que não é de mim, o que faz qualquer coisa se mais complicada, por que não descomplicar? Abandono o que é pronto e digo adeus. Sério, eu não sei como sou assim, desapegado por quase orgulho, mas grudento por coração mole. A verdade é que eu te desejo tudo de melhor, sério, tudo de bom pra cima, da gota ao mar. Espero que possamos nos entender mesmo falando línguas totalmente distintas, espero que fiquemos cada vez menos insensíveis e cada vez mais toleráveis. Eu trago os meus sonhos pra somar com os seus. Eu sempre sinto saudades, mesmo quando digo que não batendo o pé e franzindo a testa, de braços cruzados e demonstrando pressa. De longe eu vejo uma vida que passa e não me pertence, com os olhos curiosos de quem se importa sim, que fala bem, ou pelo menos pensa, e muito. Tento não transparecer, mas como eu disso, seria me expor ao ridículo já que o que eu quero está bem na minha frente e eu não me faço de cego. E toda vez que vier, felicidade vai trazer. Isso aí não é paixão, é uma vontade. É a demostração quase pura do que me transborda pela cabeça todos os momentos que eu paro e tenho um flashback tipo filme retrô. Paro no momento que lembro e fico por alí mesmo dando uma volta sem pressa, admirando sem me preocupar com absolutamente nada, só em admirar quem é admirável. Então por mais uma vez eu penso em voz alta o que meu peito quer me dizer, o que minha cabeça tenta equilibrar, o que as memorias tentam me dizer. A cada vez que quiser, basta a gente querer ser desta vez melhor. E só de pensar que era de se entregar, não mais. Aprendi que realidade machuca, e logo também aprenderá. Não te desejo nada de mal, muito pelo contrário, cresça com a vontade que está em ti. Não suma por achar que não pode lhe dar com uma mera obra de um acaso vago. Lembre que aqui tem uma vaga com nome e sobrenome, limpa e confortável. E toda vez que vier, felicidades a mais. Agora falando sério, não que uma vontade ou outra não vá mudar o rumo do navio, mas a boa é curtir a viagem, visitar as ilhas e ver os peixes voadores. Nada pra preocupações, de momentos de tensão ou qualquer dúvida pra somar com a divisão. Transmuta de forma singela, organiza um pouco, nada exagerado, só pra não dizerem que você não é uma menina daquelas. Me faz pensar mais, agir mais. Luta por tudo aquilo que deseja que eu compro a briga junto com você. E o mais importante, quando se despedir diga a verdade. A cada vez que quiser basta gente dizer só uma vez, uma só voz, adeus.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Carícia Sonolenta


Uma pequena incerteza não é nada comparado ao que pode ser de vir, o que vem sem certeza alguma de vingar, e com fervor de satisfazer o bem que faz. Uma indelicadeza não poder concordar em todos os pontos, franzindo a testa sempre em discórdia, em muitas vezes por birra de largura tola, manha fugaz. Uma injustiça ficar chupando o dedo sempre, convir com mentiras disfarçadas de omissões por medo, quase medo, indecisão ou imprecisão de expressões emotivas, um tom quente, porém frio. Tudo esconde o final, entende? A imagem do futuro é coisa do passado, igual os filmes antigos de quando éramos crianças, bons tempos. Se eu ficar pra trás, vai se lembrar que por mais tardio que seja, nunca é tarde pro amanhã chegar. Longe de mim prever realidades, já que o inusitado é muito mais atraente. Uma pequena incerteza não é nada comparado a colisão de dois mundos, a chuva de estrelas cadentes, a vermelhidão no rosto, a carícia sonolenta da mão que abraça. Uma pequena incerteza é sempre o que haverá, seja aqui, agora, ou em qualquer lugar que é só de passar...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Exortação

A diferença estava ali, exatamente onde era menos provável, discreta e tangível. Recusar algo que lhe oferece conforto social, mero acaso de não ter no que se preocupar, tola menção de pensamento. Sentir-se mais humano depois de tantas luas cheias mas na realidade vazias, constante mudança mútua. Ensinar e ser ensinado. Permanecer num dúbio e voluptuoso contraste de prazeres, vontades. Mais um olá, menos um adeus, mas eu te deixo em paz. Deixa só pra talvez, quem sabe, aprender a saber. Entregar de mãos abertas é mais do que se desapegar de dúvidas ao acaso, vácuo, aquele sem som, dos que não ouvem nada. No que queremos acreditar é na questão de vidas, que nos mantém acesos e que cabe só a quem vive refletir, investir, construir e concluir. Melhor é dizer que sempre era, foi e será certo, mesmo que seja incerto e nunca chegue a acontecer. Aquela mentira de leve, nada maldosa, das necessárias para tornar uma dificuldade menos intransponível. Por que tudo é tão do jeito que é, porque tudo é tudo, oras. Não que seja questão de descaso do destino, ou artifício de falta de força, simplesmente é porque tudo tem um porque. Tudo se transforma, como o bocado de você, um tanto de mim e o que mais dá pra se enxergar, mesmo sem tocar. Não é igual a uma flor de plástico. A verdade, a verdade é que nem saudade, de certa forma liberta e encontra o fim. Silêncio, sorriso, sabe como é, só. Trocas são o bastante para nos guiar, com fé no silêncio e amor à transbordar. E eu achando aqui que não era pra menos, exortando meus pensamentos. Rendendo-me a aceitar que não nasci para controlar, que todos tem o direito de não se abdicar dos delírios de não entender. A sensação de não respirar um ar mais quente, que já tenha passado por outro pulmão, quem sabe o que é sabe o valor que tal ar obtém nesse ciclo. Seja mais, sempre mais. A verdade não é absoluta em alguém, vamos usar alguns artifícios, prosseguir até a verdade se curvar e se conformar na existência da mentira. Até cada gota descer, virar orvalho e voltar ao céu. E assim, dividindo encontrei um todo. É melhor cuidar do amor coletivo e não esquecer que fazes parte dele. O que isso te diz? Eu digo que é isso aí mesmo, mais certo improvável, mas nunca impossível.

sábado, 15 de maio de 2010

Desfez-se o Céu


Desfez-se o céu em azul e laranja, nublado de cinza e turvo que nem talvez. Venderam as nuvens, limparam o ar, continuaram até o horizonte, você não é mais ninguém. Não tem por que ficar parado, não tem porque correr, não tem pra onde fugir e nem onde se esconder. Desviou da estrela guia, guiou-se até onde não podia mais nada, se tudo que restava acabou de desabar e fechar os olhos não te leva longe, a ponto de poder sustentar a teoria que te mantém. Começa, mas para. Deixou de ser você por não saber mais, se tudo que queria ainda podia alcançar. Desfez-se o céu em turquesa e negro pálido, agora já limpo e brilhando em pontilhado. E tudo se escondia na vontade de não ser, da desvantagem da idade ao lembrar, já é tarde, o que não lhe convém. Não veio com bula ou manual de instruções, não tem tutorial e dispensa qualquer apresentação, a pequena ousadia de não querer aparecer. Esquivou da brisa leve, levemente dispersa no que não há, se tudo que restava acabou de desabar e fechar os olhos não te leva longe, lá mesmo, a ponto de poder sustentar a teoria que te mantém. Continua, mas acaba. Deixou de ser você por não saber, mas, se tudo que queria ainda podia alcançar...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Relacionamentos


Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.

Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.

Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.

Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.

Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.

Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.

E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????
Arnaldo Jabor