sexta-feira, 29 de maio de 2009

Árvore no Caminho


          Havia uma árvore naquele caminho. Era um caminho percorrido por todos, uma das travessias necessárias a se fazer na vida, exatamente como na natureza selvagem, quando uma manada de zebras tem que atravessar um rio com águas turbulentas e crocodilos famintos. Chegando ao pé da árvore, dava pra notar sua grandeza, os galhos mais altos da imensa árvore tocavam os céus. Notava-se a complexidade do emaranhado de galhos aleatórios, e a textura grossa da casca da madeira, suas tonalidades terrosas e áridas. A boca ficava entreaberta ao ficar de pé em frente à grande árvore, inclinar um pouco a cabeça pra cima e notar o quão real era esse grande. Então, exatamente ao enxergar os aspectos nítidos da sublime árvore que nascera no meio do caminho, vinha às pessoas em volta, uma estranha e rigorosa sensação, como se todos se sentissem capazes de escalar seu tronco gigantesco e saltar pelos galhos irregulares até chegar ao topo. E assim foi.
          Aos montes chegavam, pessoas das mais diversas partes do mundo. Era uma aglomeração de raças, etnias, culturas e religiões. Em meio à diversidade de personalidades, uma única sensação unia todos que ali estavam, e essa era a vontade de chegar ao topo. Por sóis e luas os homens subiram. Por tempestades e secas, continuaram à subir. Por neve, granizo, vendavais, os homens continuavam à subir. Até que o primeiro homem caiu. Como se esperava, a queda era mais rápida do que a subida, mas obviamente era mais dura. Ao ver o primeiro homem se desequilibrar entre os galhos, fazendo com que os quebrasse, e descendo com velocidade ao chão, os homens sentiram medo e remorso. O medo era o pensamento de “Podia ter sido eu.”, que agora pairava na mente de todos que escalavam os galhos em direção ao topo. Mas logo mais homens caíram e caíram, até que cair da árvore virasse algo normal, em alguma hora todos cairiam, exatamente como um dia a própria árvore tombaria. 
          Acostumados à vida que levavam na árvore, alguns dos homes se desvirtuavam de seus caminhos ao topo. Alguns pulavam de galho em galho, como se brincassem sem tempo pra terminar, outros de dependuravam, caiam alguns galhos à baixo, e voltavam a subir pra se dependurar novamente. Haviam homens destinados a chegar ao topo, mas com tão pouca confiança em si mesmos, que se iludiam estar no topo, estando simplesmente na segurança de um galho mais firme. E outros homens, os pacientes, determinados, criativos e sensatos, tentavam estabelecer uma conexão com árvore, “viver” junto ao vegetal que lhe dava apoio e caminho para chegar aos céus. Estes homens construíam plataformas e mais tarde, habitações, que poderiam ser utilizadas pelos homens que passariam por aqueles galhos mais tarde, e os ajudaria a descansar uma noite pra depois continuar a subir. Em busca dos melhores caminhos, descobriam que não era a velocidade da subida o mais importante, era como seria essa escalada. 
          Assim que o primeiro homem chegou ao topo, se encontrava esgotado, mas mesmo assim tirou forças de si e gritou alto, esvaindo todo o ar de seus pulmões, obtendo a atenção de todos que a árvore escalavam. “- Nunca imaginei encontrar essa bela e colossal árvore no meio de meu trajeto, mas mesmo assim há encontrei. Como todos vocês, eu subi por dias e mais dias, até chegar onde me encontro agora. Não estou satisfeito, pois vejo que muitos dos quais subiram, não se importam com quem sobe ao seu lado. Aqui vai um conselho de quem mais rápido tocou o céu: Entre um tronco sólido e firme, na presença de quem você puxaria o pé para cair, e um galho fraco e torto, na presença de alguém que você daria uma mão para subir, escolha o galho fraco e torto. Esse galho, faz parte da mesma árvore que lhe sustenta até hoje. É a mesma árvore que lhe dá uma fruta pra comer, e que te mostra o caminho aos céus. Um dia, quem sabe, ela lhe conceda o mesmo sonho que me concedeu, me fazendo entender de forma simples que eu sou parte dessa árvore, assim como todos aqui. Unam-se como um mesmo corpo e venham à mim. Espero ansiosamente o dia que todos poderemos descer calmamente pelos galhos, juntos. Até lá, eu esperarei vocês pelos céus.”
          Até hoje, a árvore é escalada por homens com ideais verdadeiros, esperando um dia tocar os céus.


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sexta-feira.


Sexta-feira é dia. Toda sexta me vem uma vontade de viver imensa, acho que é normal pra uma pessoa que vive numa metrópole pensar dessa forma. Toda sexta aquela sensação de liberdade vem como se fosse um vendaval, o vento refresca e purifica as sensações. Toda sexta deixa com um gostinho de “olha aí o que vem pela frente”... Ó sexta-feira, nunca deixe de existir!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Contraste no outono.


“...com o pensamento eu sustento os nossos dias de azar....”


Sigo tentando coexistir em harmonia com todos os seres a minha volta. Obviamente não é tão fácil como digitar pensamentos plenos, mas é necessário se tentar... Refletir deixa de ser um ato ao ócio, e agora toma forma de amadurecimento de uma mente já vivida. Agora a barba cresce, o tempo encurta, as contas são repassadas, as dívidas se expandem, a cobrança vira social e as responsabilidades tornam-se inúmeras. Um sorriso no rosto é tudo que se precisa, um dia de boa conversa, uma briga de vez em quando, normal, chega a ser lindo. Marcos: “Já notou que no outono as cores ficam bem mais vivas?”, eu: “Nunca tinha parado pra notar, mas é verdade!”. E é verdade...


terça-feira, 19 de maio de 2009

Citando Paulo Mendes Campos:




“(...) Como ouvirás a terrível variante: minha vida daria um romance. Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois o romance é só o jeito de contar uma vida, foge, polida, mas energeticamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: minha vida daria um romance! Sobretudo dos homens uns chatos irremediáveis, Maria.
(Para Maria da Graça, In: Para gostar de ler, volume 4, São Paulo: Ótica)

domingo, 17 de maio de 2009

Depois da saideira.


É como o pai de um grande amigo disse, “as escolhas que você fará nesse momento serão marcadas por toda sua vida, escolha com sabedoria”. Apesar de encontrarmos em um momento com tantas mudanças, não seria sensato não pensar antes de fazer as escolhas. Ao ver um amigo próximo fazer seus 30 anos, realmente pensa-se mais do que o normal. Refletir é necessário, apesar de o tempo não agir como um aliado, faz-se como se fosse uma brincadeira; o tempo é o inimigo, as escolhas são o caminho, e o premio é secreto. Assim as novas melodias nos embalam em uma dança revigorante. Ficar mais velho agora é sinônimo de ficar mais sábio, dá pra entender? Entende-se como a vida, que passa devagar, mas passa. “Saia vivendo, pois que sabe que não sabe tem o dom”. Novos peões no tabuleiro, protegendo o rei e servindo aos próximos. Jogo de raciocínio lógico. Como dizia tio Bob: “Às Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!”.

sábado, 16 de maio de 2009

Segura essa!


Nunca nos contentamos com o que temos, isso é um fato. Não adianta vir com a conversa que não é assim, que não pode generalizar, que “comigo não é assim, bla bla bla”, sempre queremos mais e mais. Por inúmeras vezes sua vida dá voltas e uma única sensação nunca se desfaz, é aquela sensação de querer mais e mais. Inovar, reinovar, mudar, transformar, transmutar, evoluir? Nesse momento eu queria um sanduíche do subway com pão integral, peito de frango, queijo suíço, alface, tomate, cebola, molho agridoce e uma lata de nestea light de pêssego, mas vou ficar na vontade. É exatamente desse modo que a vida segue. Querer não é poder, poder é ter em mãos, ter em mãos é ter sob controle, controlar é um ato de total segurança. Mas tudo isso só por segurança? Ótimo, vou dormir com fome, maldito blog.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pardon me.


Tudo bem, minha meta no blog era não ficar falando muito sobre experiências amorosas e etc, mas me vejo no direito de poder digitar umas poucas linhas sobre uns erros de um passado não tão distante. Então vamos lá. Quando surge uma situação ruim, por exemplo, seu namoro acabou de modo estapafúrdio, então como agir em relação às pessoas que você só tinha contato quando namorava, ou melhor, amigos e relacionados a pessoa que você se envolvia. Sempre fui prático nessas coisas, ignorava as pessoas. Legal? Definitivamente não. É impossível ignorar a existência de alguém se a pessoa tem certa importância pra ti, me arisco a dizer que esse é um dos atos mais idiotas que eu já ouvi falar. De certo modo era mais fácil, ver alguém que proporcionaria uma conversa constrangedora ou algo do tipo, e simplesmente fingir que não viu, saber que a pessoa te viu, saber que está esperando um olhar em sua direção e mesmo assim ignorar esses fatos. E um dia eu fui assim, não me orgulhando disso. As sequelas são graves, uma lista cheia no MSN com pessoas que um dia foram totalmente presentes em sua vida, inutilizada, não há um “oi” proferido de lá. Do mesmo modo que agora a indiferença se volta contra mim, e aceito sem reclamar, colhendo o que plantei. Achei um ato covarde vindo de mim tais ações, mas me sinto melhor a um tempo, confesso que sinto de verdade por não ter feito as coisas do modo certo, sinto pelas pessoas que ignorei, sinto por ser ignorado, sinto por não ter dito um “oi” em um momento oportuno. Mas me sinto um homem ao dizer que eu realmente me arrependo, e minhas desculpas são claras pra mim. Pena que seria ignorado mesmo declarando o ressentimento. Enfim, peso na consciência retirado com orgulho.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Urso que não pensa.


“Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio e eis que a verdade me revela.”
                                                                                               Albert Einstein




O urso se achava normal quando criança, descobria coisas novas a cada dia, brincava bastante, comia feito um urso adulto, ignorava a existência de problemas assim como todos os filhotes em sua fase de filhotes. O urso crescia devagar, mas quando se deu conta já havia se tornado algo que ele não percebia que era, um urso grande, forte e que já podia matar muitos outros animais menores que ele. O urso não se acostumou com a idéia de ser um animal mais forte do que os outros, então resolveu parar pra pensar. Em suas reflexões ele chegou uma conclusão que pra ele era mais que elementar, “ursos não pensam”. Mas todo ser vivo pensa, já que tem um cérebro. Mesmo que agindo normalmente por puro instinto, o urso pensava, mas se recusava a aceitar. O urso resolveu então parar de pensar, tentou por dias e noites, por toda a primavera e todo verão. Quando não lhe restava mais estações ele resolveu esquecer aquilo, mas já era tarde, ele pensara mais que todos os ursos. Mal ele sabia que seu esforço pra parar de pensar foi uma alavanca para seu cérebro, ele ficara mais esperto a cada dia. O urso nadava em seus pensamentos, pra ele já não era como ser um urso, era como se o fato de “ser” alguma coisa não importasse, o importante era raciocinar de forma rápida e criativa. Em seus últimos dias de vida, após uma existência longa, o urso chegou ao auge de seus pensamentos e então concluiu que o urso era o urso mais ignorante do mundo, ele pensara que não era mais um urso. Todos diziam pelas longas florestas do sul que o urso não pensava mais, que ele achava não ser mais um urso. Sendo assim, no momento em que ele se sentira fraco, convocou todos pra assistir sua queda, e no momento antes de seu último pensamento ele disse à todos: “- Eu não penso, então não existo. Por que todos vieram ver um urso velho e moribundo? Não temam que eu vá, não chorem. Não é que seja egoísmo meu, mas vejo que alguns tem lágrimas nos olhos, isso já me diz muito. Tem sentimentos por mim? Não querem que eu vá pois sou uma figura comum a vocês, sentiram saudades. Me reconhecem como um companheiro maluco, mas me reconhecem como um urso, aí está, minha existência. Pensem que isso é o começo de um pensamento oscilante. Não pensem, assim não existam, talvez tenham a mesma sorte que eu tive, ter alguns que se ressintam por mim. Agora eu já vou, mas um dia eu volto, provavelmente em seus pensamentos, se for possível.” E até hoje o urso que não pensava é o urso mais lembrado nas florestas do sul. 


Aos cuidados de J.C., em mãos.


“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer”
                                                                                            Albert Einstein


É mole observar o que há de errado, olhe pro chão, está sujo? Se não está é porque sua casa é sua, obviamente é limpa regularmente já que ninguém gosta de viver em um ambiente imundo, não é saudável. Agora olhe pela janela, praticamente impossível não ver lixo pela janela, isso não é ridículo? Hoje passei por uma fábrica de cimento, tossia mais do que meu pai que fuma a uns 40 anos, e ainda via madeira desperdiçada, uma montanha de dejetos que não conseguia definir o que era e nem queria saber pra definir. Encontraram mais petróleo! Fizeram mais plástico! Derrubaram mais árvores! Pescaram mais peixes! Jogaram mais fumaça no céu! Desperdiçaram mais água! J.C., não era pra isso acontecer, tu sabes muito bem que teu pai desaprova tais atos. Teus irmão estão à beira da sanidade, pois a insanidade é mais próxima à iluminação, sei que me entende. Tínhamos tudo pra ser racionais, então vem um imbecil que se acha gênio e progride com a tecnologia de maneira a ignorar todos os fatores naturais. J.C., teu pai tem mais planetas Terra na gaveta? É bom falar pra ele passar no Wallmart e comprar um pack com 6. Essa farra vai ser longa. Ah, depois diz pra ele responder minhas mensagens, eu não o vejo à uns 22 anos. J.C., mais uma coisa, seus pupilos ainda não te entenderam, até onde eu saiba você não abriu nenhum curso de empreendedorismo religioso, não é? Então, cobra a patente, dinheiro virou um negócio importante hoje em dia, acho que até você vai precisar dele no final.


terça-feira, 12 de maio de 2009

Photoshop orgânico: Cap.1 - Luz


Vermelho me lembra o quanto não consigo deixar de dizer que isso aqui é quase ridículo. Verde traz o que ninguém pode ignorar, minha, sua, nossas vidas. Azul faz-me pensar em ser mais sincero, menos egocêntrico, e pra falar a verdade traz um caminhão-cegonha lotado de lembranças, juntamente com a saudade. Amarelo pulsa, vibrando de energia, mostrando que pode se obter tudo que se sonha, dependendo só de sua própria vontade pra consegui-lo. Preto sempre foi um companheiro, ando meio brigado com ele, mas sabe que seu lugar está guardado, lembrando que lá do outro lado do mundo ele é símbolo de paz, fraternidade e prosperidade. Branco é meu mais novo companheiro, fiel escudeiro, ajudando a entender o motivo pelo qual sempre o ignorei, mudando de tons escuros pra cores mais claras, já que a luz que me ofusca é a mesma que sempre ilumina meu caminho.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ai! Minha cabeça dói.


“...Amo a liberdade. Por isso deixo as coisas que eu amo livres. Se elas voltarem, é porque as possuí, se não voltarem, é por que nunca as tive...”
                                                                                     - John Lennon



Que incomodo horrível é esse dos últimos dias, faz pensar mais sobre coisas que já eram concretamente reais, no sentido de me fazer bem. Pois agora o bem vira o mal, já que incomoda. Uma dor de cabeça me persegue vorazmente e tenta consumir minha visão de certo ou errado. Minha cabeça dói. Começou a doer quando vi um amigo se colocar no lugar de um inimigo, criando uma guerra invisível entre o que ele acha certo, o que o outro acha certo e o que é realmente certo. Dói quando alguém pede dinheiro pra comprar algo pra comer, já que não teve a sorte de não precisar se rebaixar a gorjetas depois de um vidro limpo. Minha cabeça dói quando eu penso que era mais fácil falar exatamente o que eu achava, antes da situação se colocar desse modo. Eu lembro da dor quando ela é presente, e minha cabeça dói só de olhar umas poucas palavras que guardo em folhas de papel. É praticamente como guardar a dor de cabeça. Fácil resolver, só tomar um remédio, esperar uns 20 minutos e começar a ler de novo. Mas minha cabeça dói de outra forma, embaçando a vista, secando a garganta e pesando a consciência. Peso grande, maciço e real. Essa gripe é realmente horrível, mas a dor de cabeça continua até que tudo seja dito. Eu já me desculpei, e agora? Mais dor de cabeça até descobrir...


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Devorei um livro.


“O que você é te controla, e ecoa tão alto, que eu não consigo ouvir o que você diz ao contrário.”
                                                                              Ralph Waldo Emerson




Devorei um livro. Caminhava em meio a muitas vidas, em um local comum a todos, local onde todos dão lugar ao consumismo ao invés de dar lugar ao bom senso e as boas maneiras de uma forma geral. Um daqueles lugares onde ninguém lhe percebe caminhando lado a lado. Me tornando o protagonista de umas das histórias mais comuns, cotidianas e normais de todos os tempos. E assim foi uma tarde simples, cinza e em tons pasteis. Foi quando me deparei com mais uma das inúmeras paredes de vidro que transparecem o que esse lugar mórbido trás as mais criativas mentes, a vontade de satisfazer desejos que se tornaram sólidos nos tempos atuais, as vontades que almeijam algo fútil, útil, inútil e provavelmente caro. Encarecer, erroneamente, é sinal de dar valor a algo. Naquela parede de vidro, se seus olhos permitissem, com um pingo de esforço e autocontrole, dava para enxerga-lo. O livro me conduziu até ali, ou eu me conduzi até o livro? Não importava nada naquele momento, ninguém me notava e eu não notava ninguém, a não ser a bela dama que me olhava desde que eu parei ali. E então, como se meu esforço pra conduzir minha visão até o livro não fosse o bastante, vislumbrei mais que um mero esforço de não gastar o pouco que tinha. Tolice. O livro me devorou. Enquanto consumia minha memória, momentaneamente, antes de que minha consciência pudesse se esvair, a voz da bela dama se conduz a mim. “Vai levar?”. Gaguejei, enquanto voltava a realidade de uma tarde sem animação. “Não, só estou dando uma olhada.”. E então retornei a margem da imaginação que ainda era fresca e em um ato instintivo, feroz e de reflexo, eu devorei um livro.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pare de digitar sem muito sentido !


Hoje eu venho desabafar sobre os textos que eu leio. Odeio quando vou a qualquer tipo de mídia digital e vejo um texto imenso. Não sei enquanto a você, mas eu tenho uma preguiça quase que sobrenatural quando me deparo com um texto que mal posso esperar que acabe. Textos gigantes são aqueles das malditas aulas de história e literatura do colégio, os textos que todos são obrigados a ler. Obrigação é um fardo cruel, nada pior do que ser obrigado a entender que alguém só queria digitar muito e ser compreendido no fim de um mar de linhas, palavras, frases, orações, etc. Qual o problema em sintetizar suas idéias em algumas linhas? Ta bom, vou contar um segredo, odeio ler. É, acho que eu nunca terminei de ler um livro, acho que mal cheguei na metade de alguns dos pouquíssimos que eu tentei ler, não sei porque, mas tenho um bloqueio perante a livros. Isso chega a ser ridículo, mas é verdade, me foco em quadrinhos. Já ouviou falar de Sandman? É a história do Sonho, o rei do reino do Sonhar, irmão mais novo da Morte e inimigo da Inveja, um herói mórbido, as vezes irado, e em outras mais confuso do que qualquer humano. Nunca pensou que uma história em quadrinhos poderia ser assim? Reveja seus conceitos do mesmo modo em que você pensou “Que saco esse moleque me passando um link de um blog que só tem besteira.”. E mais um coisa, pare de digitar muito sem sentido! Muito obrigado.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Nada.


Tenho nada pra dizer. Mas é um nada tão grande que no mínimo eu tinha que digitar algo sobre. Nada é complicado, quando se tem nada se vê que é mais trabalhoso ter nada do que ter alguma coisa. Dor de cabeça é uma coisa quase certa quando se tem nada, preocupa-se facilmente também, maldito nada. Já conseguiu tentar se expressar e ... nada? Nada é um vazio que nada pode completar. Entendeu? Nada? Maldito nada.