quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Avante.



Acordei já entregue aos bocejos. Ressenti, mas fingi que o lampejos eram a graça do novo dia. Esse foi um erro. Recordei um bando de coisas que estavam largadas no canto, sem retomar seus valores, coisas de canto você sabe são coisas de canto. Refleti, porém os trejeitos lembrados acabaram com a graça do dia. Esse foi outro erro. Resolvi me levantar com o olhar turvo, bocejando, concentrando, bocejo, estico o braço, estico o outro, alongo, algo estala, esfrego os olhos, fungo, coço a cabeça, fico de pé. Levantei já entregue aos bocejos de anseio ao conflito. Conflito interno de externa mensura, ao lado esquerdo que pulsa em "tum-tum" de "tã-tã". Acordei já entregue ao anseio. Só que preguiça me ganha inteiro. Mais um bocejo.

Avante.

Quando este eu deu por si a chuva já lhe caia sobre os ombros. As pessoas ao redor não se continham em avançar pela mesma. Um mar de céu cinza e pessoas de preto com seus guarda-chuvas pretos, seus semblantes sem sinal de amargura, charme ou simpatia, preto. Balanço a lama dos pés e esqueço o terceiro erro. Lembro de correr atrás de algo que me vem na mente de relance, reconheço que estou quase perdido em chuva forte, ah sim, esse foi o terceiro erro.

Avante.