domingo, 29 de novembro de 2009

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas.


E se encontrar algum espinho se fure só pra sentir que há dor. "Se joga que eu seguro, e quando machucar eu curo, se precisar...".

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Esquadros


Eu ando pelo mundo prestando atenção 
Em cores que eu não sei o nome
Cores de almodóvar
Cores de frida kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Ah! Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome

Pela janela do quarto 
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto pra quem?

Pela janela do quarto 
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sete Dias e Muito Amor


“É o sofrimento, e só o sofrimento, que abre no homem a compreensão interior.”
Mahatma Gandhi



Uma grande pessoa, uma alma de igual proporção, um amor maior ainda. Uma amizade fluente, um pensamento intenso, um ideal utópico. É assim que nos recordamos de ti. Abra os caminhos para que possamos passar sem parar, até que nos encontremos, e assim seja, mais infinitas saideiras até as noites se acabarem. Enquanto isso meu amigo, eu vou ficar por aqui com essas nobres pessoas, seguindo o que temos para fazer, construindo as pontes entre a serenidade, o amor, a luz e a paz, do jeito em que tenho certeza que você pensava ser certo. Um passo pra trás, mas logo assim dez para a frente, e peito estufado com cara de mau, mas só a cara, porque aprendi a ser bom, a levar mais tempo pra decidir e firmar em mim uma forma de alcançar os objetivos coletivos, a sensação de estar feliz por respirar ar puro, de ver o mar e sentir o vento, de ter apreço por coisas de real valor, as pessoas ao redor. Vai com Deus, com quem for, vai comigo, com tua família, com uma planta, com a água, a terra e o fogo, vai com a luz, com o brilho nos olhos, com o desejo de ser sempre o mesmo que nos faz bem. Espera que a gente vai um dia, pra brindar a alegria de nos conhecermos cada dia mais e mais. Sua memória é real, está aqui, e nunca irá sem nós. Obrigado por entrar em nossas vidas e nunca sair delas. Até mais, Grandão.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Espera aí, todo limite tem um limite!


“Nunca Exijas dos outros qualidades que ainda não possuem”
Cândido Xavier


Vou falar a verdade, eu não me assusto facilmente, sério, não mesmo. Mas dessa vez eu me encontro totalmente acuado. Medo em sua mais pura e sensível forma. Eu sei que não sou de ganhar muito, mas nem de perder mais, ah faça-me o favor. Quando li “coração dilacerado” me veio um pensamente extensamente e intensamente instantâneo: “isso é pra mim, sou eu, não...”. Normalmente não existe um texto auto-descritivo aqui, pelo menos não há séculos... Cansei, to no meu limite. Limite esse que se alcançou com inúmeras desavenças do acaso. Não sei porque a porra do acaso está me perseguindo tipo um serial killer, destruindo uns poucos fios de esperança que se erguem pela manhã, aqueles que contra o sol são quase invisíveis, e agora já destroçados pelo maldito acaso. O que adianta gritar socorro aos céus, alivia mas não resolve. Rezar não é do meu feitio, mas confesso que eu nunca rezei tanto em toda a minha vida como agora. Hoje eu pedi paz para um amigo em seu caminho até o eterno, amor em forma de afago aos corações de quem o preza mais do que a si mesmos, e muita luz para nós. Se já fazia falta antes, agora que Deus nos ajude, pois a falta que alguém tão nobre é o mesmo de uma punhalada bem no meio do peito. “Ontem custei a dormir, tentando te esquecer...” Se ainda eu tivesse um chão pra pisar, um ombro pra apoiar, um compromisso pra me atrasar, é, não seria tão difícil quanto pensar, pensar, pensar e chegar ao limite todos os dias. Sem querer ser pessimista, e realista demais, duvido de melhore tanto a ponto de não explodir até o final do fim de semana. Du-vi-do.


Um Par


Mesmo quando ele consegue o que ele quis
Quando tem já não quer
Acha alguma coisa nova na tv
O que não pode ter

Deixa de gostar
Larga a mão do que ele já tem
Passa então a amar
Tudo aquilo que não ganhou

Dê motivo pra outra vez acreditar
Na cascata da vez
Que você comprou assim zero mais dez
Um presente pra mim
Mas se eu perguntar
De onde veio esse agrado
Você vai gritar
Diz que é homem feito sei não
Ah faça-me o favor

Diga ao menos o que foi
E se eu faltei em te explicar
Diz que a gente sempre foi
Um par

Sai domingo diz que é o dia de jogar
Mas que jogo eu não sei
Fica até segunda o dia clarear
E troféu não se vê

Entra sem falar
Sai correndo e volta outra vez
Sem cumprimentar
Nem parece aquele
Eu rezo a Deus no céu
Alguém no chão
Diga-me o que foi
Que eu deixei faltar
O que eu não consigo entender
Como é que um filho meu é tão diferente assim
De mim
Me faz entender...