quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Agonizando de Alívio.


Minha bela linda bela, mais bela que a canção que vai de suave a linda bela. Donzela dona do meu peito, assim, fazendo de amor mais efeito que defeito. Eu pensava em ter tudo que fosse necessário para ir a tua rua e dizer que sim, ainda sou seu, e que vou sobrevoar teu telhado para fazer sombra quando o mormaço escaldante daqueles dias de primavera estiver por chegar. Ainda mais de saudade me perdura lembrança de encontros a luz da lua, ou do sol, de escuro de filmes que nem lembro os nomes e de embaraços sobre encontros desencontrados, afagos com outras damas de copas fora. Mas minha linda, o que liga o teu coração ao meu é estranho e se disfarça em trêmulos desfechos de situações fantasiadas de fim de capítulo, ou ponte para continuação. Quando acho que me esqueço em pensamentos tu pega a minha mão e coloca calor de sopro que dá vapor a brasa de fogueira junina. Meu sonho não é mais sonho, pois se move, fala comigo, se importa e tem nome. Não amo, não estou apaixonado, não tenho uma queda, não “dou mole”, só não consigo viver sem. Linda bela, mais bela que a canção de dó com acorde de choramingo do meu lamento por não poder abraçar quando quero, ai de quem sustenir meu dó de remoer lembranças do lábio e do cheio que abre meu sorriso mais sincero. Bela linda bela, mais linda que a canção de par de sol a iluminar um coração já claro em sua vontade de continuar a compor arranjos de melodias a melancolia e nostalgia do bom e velho samba, a dois. Minha bela linda bela, mais bela linda bela. É em alívio que agonizo de saudades por ela.

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