domingo, 4 de julho de 2010

Fala pra ela, Sorte.

Sua vontade suplica escandalosamente por algo complicado, mas vou lhe dizer algo simplório em alto de bom tom, daqui não sairá nada que não seja simples de entender. Não há dor de que agarre tão forte e puxe pra baixo um coração protegido pelas garras da força de vontade estupenda de quem sabe o que quer. Seu olhar implora por compaixão, por um aperto nas bochechas, aquele carinho que não mata ninguém, muito pelo contrário, que glorifica o ar em nossa volta e nos faz suspirar ao invés de simplesmente respirar, exatamente pra nos manter mais vivos. Quando acordo eu penso em coisas simples como essas, nesse tom de simplicidade. Apesar de seus pés cansados após uma longa trajetória parcialmente em vão, de uma boca seca de tanto se esforçar ao falar um mar de palavras que por final se mostram totalmente dispensáveis, de olhos aparentemente secos mas na pureza da verdade que a cerca encharcados por culpa de frustrações efêmeras, sim, ainda há alguém no “backstage”. Alguém lhe soprando o que você não lembra, mas que leu no “script”. O desfecho dessa peça é o que realmente importa. Enquanto isso todo mundo brinca de se fazer de outra pessoa, incontáveis personagens poderiam ser sitados, e outra coisa, o final será espetacular. Sua vida pede mais de você, eu só tento de formas simplórias mostrar os caminhos que enxergo de relance ao caminhar pelas redondezas. Ah, fala sério, sabe de cor e salteado que estaria ao seu lado nesse exato momento, que daria suporte e confortabilidade em todos os quesitos possíveis. Mas ao invés, faz o revés. Entra numa caverna escura e tenebrosa com uma placa na frente “Encontrará uma linda caverna, mas cuidado, ela virará a caverna mais escura e tenebrosa.”. O que desejar mais pra você a não ser boa sorte, mesmo sabendo que a sorte lhe deixará assim que dobrar a esquina, e imagina, eu e a sorte indo embora pra beber uma cerveja e trocar uma ideia com o tema “Bem que nós avisamos.”

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