segunda-feira, 12 de julho de 2010

Teoria sobre o "achismo".


“-E aí, está afim? Estou sim, eu acho.”. Notou o problema? Não?! O “sim” foi totalmente inutilizado com o “eu acho”. Essa afirmação não é afirmativa, é impossível afirmar na forma de “achismo”. Já sei, bla bla bla porque eu já passei por muitas coisas bla bla bla bla se põe no meu lugar bla bla bla é foda decidir coisas desse tipo bla bla bla bla sim bla bla bla não sei bla bla bla eu acho. Vamos aos fatos, homo sapiens, são milhares de anos de evolução até o presente momento em questão, então pensa comigo, seu cérebro sabe processar exatamente que você quer. Sem esse papo barato de pensar com um órgão que serve exclusivamente para impulsionar sangue por todo nosso corpo, use a cabeça. De um lado uma rua em tarde de domingo, com sol baixo, várias árvores que ressaltam suas sombras e muita paz,o sim. De outro, um cão bravo que parece ter um exótico apetite por carne humana, o não. E você em cima do muro, um equilibrista sem equilíbrio, o eu acho. Conseguiu enxergar o ponto? Então, na real todos nós sabemos o que queremos, a gente só dá uma empurrada com a barriga, todos nós sempre pensamos exatamente o que queremos, só ficamos nessa de eu acho por babaquice aguda, se é que me entende. Quem vive no “achismo” não muda muito, continua a mesma coisa sempre, se é sem graça, fica sem graça. Será que é tão difícil assim confiar em nossa própria confiança? É obvio que não, eu acho.

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