terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Incensário.



Plenitude, e então, sobriedade. Mas então, solidão. Não é que seja um daqueles textos armagurados sobre espelhos que refletem a verdade. Nem contos de problemas e desventuras de um não tão cotidiano assim, simplório social. Tão pouco algumas desculpas escondidas em belas palavras de amanhecer as vontades. Não é não, é quase saudade. Suprimi algumas cobranças, recobri certos problemas, convoquei os meios de escapar do breu. Abrindo as portas ao clarão, e olha lá, não cegou. Muito menos sossegou. A saudade me lembrou de um cheiro meio lavanda de um amarelo da coisa mais linda. Do mundo, do mundo. Recuso-me a recobrar essa tal de consciência a qual suprindo não vi, re-vi e mesmo assim suprimi. Soprei ao ar, ao relento, ao lento tempo de asas dobradiças. Não é só o cheiro, é o senso de talvez ser um incenso. Tudo fica meio sem graça se não da pra sentir a lavanda dos dias que brilharam. Só não deixa ofuscar muito, senão cega mesmo. E segue amarelo o incenso, senso, de talvez, quem sabe, um dia. 

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