quarta-feira, 28 de abril de 2010

Azul Profundo


É o que se vê nos seus olhos, um degrade sinuoso e um olhar distante, meio perdido mas que já achou o que se quer, eu acho. Minha vontade passou dos limites a muito tempo, desde aquele dia de amparos e desespero um tanto exagerados. Não há equilíbrio entre certo, errado ou meio termo. A maioria das coisas nutre esse olhar meio azulado e o faz aprofundar-se rapidamente, afastando-o mais e mais. E como não é novidade, não faz surpresa a ninguém saber que eu ignoro tudo. Já que se o olhar se aprofundar, eu fico quieto por 3 noites de luar, mais 2 dias de cinza intenso, mas depois volto com a fúria de quem quer proteger o que acha importante. Mergulho na profundeza e trago de volta o baú do tesouro, o olhar mais brilhante de todos. Na tela é só transformar o degrade em traços firmes, uma paisagem ou algo abstrato, não importa, só importa expressar o que acha, o que sente e o que quer. No azul mais profundo eu vou encontrar o vermelho mais vivo, é só uma questão de tempo, sorte e dedicação. Agora vou me alongar um pouco antes de começar a mergulhar, até lá.

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