domingo, 27 de dezembro de 2009

Satisfação - A Maldita Vadia Que Não Para Quieta



Avisa que é pra se entregar! Qual o problema em se entregar? Seja medo de um “não” ou não, pula, se joga, se atira, se enrola. A perfeição nunca será alcançada, nunca! Nem os maiores pintores faziam obras perfeitas, nem os maiores músicos conseguem agradar a todos os ouvidos, e eu não consigo fazer carinho e dar atenção ao mesmo tempo. Se entrega mas mantenha a postura, esnobe o seu orgulho, ignore os comentários que vem de fora da sua cabeça, acorda! Já parou um dia e notou que nunca estamos totalmente satisfeitos com o que temos, temporariamente a satisfação para por aqui, senta e toma um chá, fica uns 20 minutos, sai sem pagar, sem dar a menor satisfação e ainda rindo da sua cara. Quando ela se vai normalmente mudados tudo a nossa volta, mudamos até a nós mesmos, que diabos. Isso não se aplica a todas as pessoas, é claro, mas é só mais uma vizão de alguém que “acha” muitas coisas sobres as pessoas. Voltando a satisfação, a maldita vadia que não para quieta. Quando ela se vai nosso ouvido começa a dar linha eternamente, parece que o barulho se foi. Mas peraí, nunca é bom quando a festa acaba, nunca é bom quando a música tem um fim, nunca é bom, nunca será, e não me venha com essa de que você é muito mais diferente de todas as pessoas que eu já conheci na minha vida. Um dia eu fui no penhasco mais alto que eu encontrei, dei uma lenta olhada da vista, respirei o mais fundo que eu consegui e me atirei. Passei incontáveis dias em queda livre, quase voando, indo de lugar em lugar, vivendo bons momentos, nesse momento eu ouvia o barulho o tempo todo, eu sei o quanto é bom. Tudo bem que quando eu cheguei a solo, caí meio de lado, meio sem jeito, acho que eu sinto uma dor até hoje. Mas a o meu ouvido não dá mais linha, só que eu sempre estou com música alta aqui. Pelo menos serve pra me enganar, como algumas vagas almas sempre fazem. Se joga, flutuar ou cair de cara, aí depende do barulho.

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