quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Meio da Metade


"Don't worry, be happy"

Pode falar que me ama, pode dizer que é verdade, um amor só pra brincar, um amor pra desviar. Não me faz cara de “vem cá” que eu faço cara de “to indo”, e vou indo e vindo, daqui pra lá, entrando e saindo, chorando e sorrindo, fácil te arrancar um sorriso. Cochichei sobre isso ontem, e anteontem, e antes de anteontem, e antes de antes de anteontem, assim por adiante, lá atrás onde nasceu o tal do semblante, aquela dúvida errante. Ser ou não ser, eis a questão, com a faca e o pão na mão, porque não fazer uma refeição? Eita fome do cão! A sede em questão, é de cerveja e muita conversa, nada em vão, mas sem esquecer que a consciência também se embriaga e vai ao chão, adormece, e às vezes acorda já sem reação. Uiva pra lua, diz que hoje a noite é sua, minha também, e assim continua. Me fala, me diz que ama, continua, cuida do que é teu pra não se perder pela rua. Amortece com palavras de dúvida, se entrega a noite, estremece mas não se curva, enobrece e flutua até onde o coração se situa. Vem cá, para de charme, senta do meu lado e dá um gole, fecha os olhos e bebe tudo, fique alegre e acorde, os dias passam, se sacode, levanta a poeira, faz barulho, amanhece pra ti, faz do mundo um pula-pula, você pode. Fala que ama do teu jeito, fala que não é pra durar nem pra chorar, só pra insistir e aproveitar, pra quando vier parar de amargurar. Chega de lero-lero, tititi, blábláblá, nheco nheco, tum ti tum, pá tsí pá tsí, djugu djugu djá. Fala que ama só por não ter mais o que falar. 

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