domingo, 20 de setembro de 2009

Eu não sou de plástico.


“Existem verdades que a gente só pode dizer depois de ter conquistado o direito de dizê-las.”
Jean Cocteau

“Não despedisses o tempo em lamentações, saiba transformar as dificuldades em oportunidades de tornar sua acuidade visual da vida através de um prisma em constante evolução.”
Deivison Eller

“ O quer você me pede eu não posso fazer, assim você me perde e eu perco você.”

HG


Não consigo fingir, não consigo enrolar, não consigo nem me calar. Eu não consigo dizer que sim quando o não está se esgoelando de gritar ao meu lado, invisível para todos, menos para mim. Eu prefiro as verduras, eu prefiro papel reciclado, os móveis de garrafa pet, eu prefiro a verdade, a simpatia e a sinceridade. Calando a boa pra ouvir, ouvindo mais do que antes, falando menos do que sempre, entendo mais do que o bastante, preferindo o menos distante, o que mais enlouquece, preferindo um beijo desses de relance, um amor de uma noite, um segundo de delírio, pra manter a graça. Filosofia, arte, música, viver a vida, pedir desculpa, fazer carinho, agradecer, dar um presente, reconhecer. Melhor não falar na cara, só pra manter a simpatia, dizer que tudo fica na mesma e vem pra bem, dar um sorriso e falar que quem vier, que venha pra somar, porque subtrair eu não topo mais, e dividir, só quando eu me arrepiar, recíproco, pra me multiplicar. Eu não sou de plástico, eu não sou de vidro, eu não sou de borracha, eu não sou artificial, eu não finjo pra agradar, eu não quero só brincar de bambear pela noite, eu só quero o que eu não sei falar, não dei dizer, nem desenhar. Eu só quero o que vem, me faz crescer e fala que vai voltar. 


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