terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Resumo da Ópera

Sintetizar e chegar a um senso comum? Sair por aí contando tudo que há de errado com meus meios de conduta? Resumir uma vida inteira em um segundo, um turbilhão, um mix de sentimentos, incertezas e probabilidades? Pra que perguntar se sabe a resposta? Pra que responder se sabe a pergunta? Aliás, alienou-se mesmo podendo reter mais coisas boas, afinal, todos reclamamos de boca cheia? Não da mais pra mim, continuo o mesmo, dava pra saber que não é? E a alegria que sobrou em mim, é o bastante? Não teria que ser melhor exatamente pra ser servido como sobremesa? Qual é a razão do meu eu? Canto mais uma música ou deixo pra você adivinhar a letra? “Eu transito pra todos os lados, eu exponho o meu modo, me mostro, eu canto pra quem?” Já perdi tanta coisa, de modo inútil eu lutei, me vi e re-vi, limpei a sujeira e então levantei, demonstrei? Demorou demais há se mostrar, e quando voltou, voltou a pensar, por que demorar? Pra que bambear? Por que de chorar? Não sei o nome de tantas coisas e mesmo assim me ponho a admirar, ajuda? Ajudar pra que, se correr não ajuda a crescer? Quem é ela, quem é ela? Minha alegria é importante pra mim? E pra ti? Você às vezes vê tudo em preto e branco que nem eu? Vamos sair por aí batendo palmas e cantando alto? Pra que? Prazer? Fazer o que, mais perguntas? E o sentindo de escrever, ler e reler, sem ao menos ter coragem de se comprometer? Aí sim, será que é o final do fim ou o início do jardim? Das flores que surgiram de você pra mim? Enfim? E agora, como fica o meu jasmim? Resumiu, mas relevou teu sim?


Um comentário:

  1. Que texto é esse hein! Tudo bem que voltei várias vezes pra me situar, porque sou meio confusa, mas ficou ótimo! Adorei, Léo Haren! Beijos, Thay.

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