quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
2009, valeu.
ah, se eu agüento ouvir outro não
quem sabe um talvez ou um sim
eu mereça enfim.
é que eu já sei de cor
qual o quê dos quais
e poréns dos afins
pense bem
ou não pense assim!
eu zanguei numa cisma, eu sei
tanta birra é pirraça e só
que essa teima era eu, não vi
e hesitei, fiz o pior
do amor amuleto o que eu fiz?
deixei por aí...
descuidei, dele quase larguei
quis deixar cair.
mas não deixei
peguei no ar
e hoje eu sei
sem você sou pá-furada.
ai, não me deixe aqui
o sereno dói
eu sei, me perdi
mas êi, só me acho em ti.
que desfeita a intriga, o ó!
um capricho essa rixa; e mal
do imbróglio que quiproquó
e disso, bem, fez-se esse nó.
e desse engodo eu vi luzir
de longe o teu farol.
minha ilha perdida é aí
o meu pôr-do-sol.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Conclusões súbitas e a morte do orgulho.
Olha quem está por aqui! O tal que diz não ter coração, como não? Tudo bem, desisto de desistir. Sendo que a desistencia não partiu daqui, não partiu daqui mesmo. Nunca largaria meus princípios por dúvidas errantes. Nunca aceitaria um dúbio sentimento que me dividisse ao meio. Se é por orgulho, pego o meu e atiro pela janela, mando assassinar, esfolo como se não fosse nada. Eu estremesso só de pensar em não conseguir. Finjo sim, e muito bem, sempre fui um fingidor nato, sempre ostentei um sorriso só, sempre consegui falar da boca pra fora que está tudo bem, ótimo, melhor impossível. Sim, esse é totalmente direcionado. Sem menos, sem mais. É pra entender, parar, pensar, parar de novo, voltar a pensar e concluir. Nunca abdiquei de tantas coisas como agora. Não fiz por mal, não fiz por bem voluntariamente. Não sou santo, não sou normal, não tenho boas rimas, não tenho uma carinha linda. Mas estufo o peito quando vejo algo que almeijo. Ecoando seco quando te vejo. Recordo, discordo em gênero, número e grau, não de você, mas da situação em si. Ah, tá bom. Fala que não, fala que não há nada, fala que sobrou um choramingo sem pé nem cabeça, que eu estou na beira da estrada pedindo carona e você vai passar direto, fala. Que tenha coragem de enterrar vivo um coitado. Se duvidar de qualquer questão, me pergunte, eu não mordo. Eu só grito, bato o pé, me preocupo, me embreago e saio a cantar. Pra não falar que não convenci, deixo exposto aqui que não sou o mesmo deste então, mudei pra pior sem ter a menor vontade de melhorar. O que melhora é o amor que aqui vigora, vigorava? Amor é uma palavra forte por si só, então é exagero, mas uma frase de efeito não é tão exagero assim. Da minha parte fica vontade, da sua parte, espero, espero, espero, to cansando de esperar, mas espero a mesma vontade. Olha só, é realmente difícil falar, mas me engrandece do mesmo jeito saber que expresso aqui um dó de ti, em mim.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Satisfação - A Maldita Vadia Que Não Para Quieta
sábado, 26 de dezembro de 2009
Verdades Começam Em Mentiras
Se enjoar, larga de lado. Se aborrecer, manda pra escanteio. Se reclamar, fala pra calar a porra da boca. Se mentir, boa sorte. Se revelar, azar o seu. Se pedir desculpas, o problema não é meu. Se enrolar mais, a fila anda. Se valer a pena, faz o moonwalk. Se gritar, tapa os ouvidos. Se falar, fala também. Se sorrir, continua a piada. Se te olhar, não olhe pra outra direção nem que o mundo se parta em bolas de fogo. Se fechar os olhos e olhar pra baixo, é sua, ou não. Sem mais entardecer, esclareci. É claro que o claro é quase uma luz, ilumina aqui, ilumina aí. Esclarece pra mim o que lhe convém, assinala em vermelho vivo qual é a sua meta. Sabe, de onde vem a calma também vem o furacão. Não seja pior que eu, eu já sou bem ruim. Se realmente fosse receber tudo que mereço, é, não teria muita coisa. Não que seja tão só, é uma simples questão de ponto de vista, quase cega. Ainda bem que de vez em quando vem uma luz pra aquecer. Se entender, me explica.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Condicional
tanto que demais
via em tudo céu
fiz de tudo cais
dei-te pra ancorar
doces deletérios
e quis ter os pés no chão
tanto eu abri mão
que hoje eu entendi
sonho não se dá
é botão de flor
o sabor de fel
é de cortar
eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu, muito bem
quis nunca te ganhar
tanto que forjei
asas nos teus pés
ondas pra levar
deixo desvendar
todos os mistérios
sei tanto te soltei
que você me quis
em todo o lugar
lia em cada olhar
quanta intenção
eu vivia preso
eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu
o que eu queria o que eu fazia o que mais?
e alguma coisa a gente tem que amar
mas o que não sei mais
os dias que eu me vejo só
são dias que eu me encontro mais
e mesmo assim eu sei também
existe alguém pra me libertar
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Eu Não Combino Comigo
É só um ponto de vista, mas se é pensado, é presente. Eu não combino com ninguém. Tudo bem, sem tanto exagero, com quase ninguém. “Quase” torna as coisas um pouco difíceis, mas se tudo fosse fácil a vida não teria esse explendor de sua graça. Retomando de cór, eu não combino contigo, com a outra, com aquela alí, eu não combino nem comigo mesmo. Não combino minhas roupas, só combino as cores por influência pessoal e profissional. Essa coisa de combinar é muito vaga, até porque, pra mim o verde combina mais com a inteligência flutuante, o vermelho com a explosão do carisma, o branco com a sensação do sorriso, o azul com a volúpia da amizade, o amarelo com a fuga a sobriedade hepática, etc. Eu faço tudo do meu jeito. Ignoro o que me vem dizer, simplesmente santifico o acaso, deixo ele sair correndo. Meus olhos se voltam a algo que me deixa desconsertado, está longe e perto ao mesmo tempo, me faz pensar em como agir, como dizer, como fazer. Combine ou não, quem sou eu pra me segurar.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Se vou te alcançar ou não, pouco me importa.
Chega a ser ridículo o jeito que esse desapego me pegou, tornando-se o que minha personalidade transborda aos montes, essa sensação de “tudo bem pra mim, pra você, não me importa”. Além das brincadeiras do “sem coração”, muito mais além, lá onde o sério está, lá que eu me encontro assobiando junto com um branco distante, profundo e intocável. Aliás, as cores estão fugindo de mim, estão se dispersando rapidamente, desesperadas por um local mais seguro. Mesmo sem elas, eu vou enriquecer. Mesmo sem um órgão que faz meu sangue correr, eu vou me mexer. Mesmo com o desapego, eu vou me apegar. Afinal, se a música é bela, quem canta ela é quem eu quero ensinar a fazer assim, desse jeito que me desconserta ao ouvir uma tal música. Me apaixonei por um olhar distante, que quando se aproxima me faz olhar pra baixo com o carisma que trás no ar que a rodeia. É uma certa música de sereia, de fada, de areia do mar, de nuvem do céu e de uma menina pequena, charmosa e misteriosa, ao meu ver. Se vou te alcançar ou não, pouco me importa. Só me importa o flerte, é a melhor parte, não é?
domingo, 29 de novembro de 2009
Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Esquadros
Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de almodóvar
Cores de frida kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Ah! Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto pra quem?
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Sete Dias e Muito Amor
“É o sofrimento, e só o sofrimento, que abre no homem a compreensão interior.”
Mahatma Gandhi
Uma grande pessoa, uma alma de igual proporção, um amor maior ainda. Uma amizade fluente, um pensamento intenso, um ideal utópico. É assim que nos recordamos de ti. Abra os caminhos para que possamos passar sem parar, até que nos encontremos, e assim seja, mais infinitas saideiras até as noites se acabarem. Enquanto isso meu amigo, eu vou ficar por aqui com essas nobres pessoas, seguindo o que temos para fazer, construindo as pontes entre a serenidade, o amor, a luz e a paz, do jeito em que tenho certeza que você pensava ser certo. Um passo pra trás, mas logo assim dez para a frente, e peito estufado com cara de mau, mas só a cara, porque aprendi a ser bom, a levar mais tempo pra decidir e firmar em mim uma forma de alcançar os objetivos coletivos, a sensação de estar feliz por respirar ar puro, de ver o mar e sentir o vento, de ter apreço por coisas de real valor, as pessoas ao redor. Vai com Deus, com quem for, vai comigo, com tua família, com uma planta, com a água, a terra e o fogo, vai com a luz, com o brilho nos olhos, com o desejo de ser sempre o mesmo que nos faz bem. Espera que a gente vai um dia, pra brindar a alegria de nos conhecermos cada dia mais e mais. Sua memória é real, está aqui, e nunca irá sem nós. Obrigado por entrar em nossas vidas e nunca sair delas. Até mais, Grandão.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Espera aí, todo limite tem um limite!
“Nunca Exijas dos outros qualidades que ainda não possuem”
Cândido Xavier
Vou falar a verdade, eu não me assusto facilmente, sério, não mesmo. Mas dessa vez eu me encontro totalmente acuado. Medo em sua mais pura e sensível forma. Eu sei que não sou de ganhar muito, mas nem de perder mais, ah faça-me o favor. Quando li “coração dilacerado” me veio um pensamente extensamente e intensamente instantâneo: “isso é pra mim, sou eu, não...”. Normalmente não existe um texto auto-descritivo aqui, pelo menos não há séculos... Cansei, to no meu limite. Limite esse que se alcançou com inúmeras desavenças do acaso. Não sei porque a porra do acaso está me perseguindo tipo um serial killer, destruindo uns poucos fios de esperança que se erguem pela manhã, aqueles que contra o sol são quase invisíveis, e agora já destroçados pelo maldito acaso. O que adianta gritar socorro aos céus, alivia mas não resolve. Rezar não é do meu feitio, mas confesso que eu nunca rezei tanto em toda a minha vida como agora. Hoje eu pedi paz para um amigo em seu caminho até o eterno, amor em forma de afago aos corações de quem o preza mais do que a si mesmos, e muita luz para nós. Se já fazia falta antes, agora que Deus nos ajude, pois a falta que alguém tão nobre é o mesmo de uma punhalada bem no meio do peito. “Ontem custei a dormir, tentando te esquecer...” Se ainda eu tivesse um chão pra pisar, um ombro pra apoiar, um compromisso pra me atrasar, é, não seria tão difícil quanto pensar, pensar, pensar e chegar ao limite todos os dias. Sem querer ser pessimista, e realista demais, duvido de melhore tanto a ponto de não explodir até o final do fim de semana. Du-vi-do.
Um Par
Mesmo quando ele consegue o que ele quis
Quando tem já não quer
Acha alguma coisa nova na tv
O que não pode ter
Deixa de gostar
Larga a mão do que ele já tem
Passa então a amar
Tudo aquilo que não ganhou
Dê motivo pra outra vez acreditar
Na cascata da vez
Que você comprou assim zero mais dez
Um presente pra mim
Mas se eu perguntar
De onde veio esse agrado
Você vai gritar
Diz que é homem feito sei não
Ah faça-me o favor
Diga ao menos o que foi
E se eu faltei em te explicar
Diz que a gente sempre foi
Um par
Sai domingo diz que é o dia de jogar
Mas que jogo eu não sei
Fica até segunda o dia clarear
E troféu não se vê
Entra sem falar
Sai correndo e volta outra vez
Sem cumprimentar
Nem parece aquele
Eu rezo a Deus no céu
Alguém no chão
Diga-me o que foi
Que eu deixei faltar
O que eu não consigo entender
Como é que um filho meu é tão diferente assim
De mim
Me faz entender...
domingo, 25 de outubro de 2009
Mais Ninguém
Frases tão bem colocadas, o som das suas risadas enche o salão... Eu pego a sua mão e digo que amanhã já é futuro, se joga que eu seguro, e quando machucar eu curo, se precisar... Vai que a gente um dia eternize a companhia, juntos até o fim chegar... Nossos segredos para sempre então, vamos contar... Pois só a gente sabe, o mundo desconfia... Só a gente sabe, o mundo é ventania... Não espera nada nem ninguém, não faz sentido pra mais ninguém... Traços tão bem desenhados, o tom dos seus recados foge do padrão, sorrisos então se espalham... E se agarrar eu solto, se atira que eu te escolto, e sempre que pedir eu volto pra te buscar...Vai que a gente um dia eternize a companhia, juntos até o fim chegar... Nossos segredos para sempre então, vamos contar... Pois só a gente sabe, o mundo desconfia... Só a gente sabe, o mundo é ventania... Não espera nada nem ninguém, não faz sentido pra mais ninguém...
domingo, 18 de outubro de 2009
Alucinação Alcoólica
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Árduo e Tangível
Por mais estúpido que pareça, levante as mãos ao alto e agradeça, fale em voz alta “obrigado por essa vida, essa mente e esse amor”. Por ignorante que eu pareça, me chame de simpático, me de um abraço caloroso e ajude-me a evoluir. Por mais idiota que pareça, tente ignorar a quem não lhe oferece nada de bom, mesmo parecendo que tem um lindo físico e um rostinho atraente. Por mais repetitivo que pareça, aprenda a ouvir, ler e falar, tudo ao mesmo tempo, um brainstorm em tempo real. Mudando de assunto, ou não tanto, deixe-me esclarecer algo. Eu não creio nesse negócio de destino, em almas gêmeas e etc. Não acredito que tudo se resuma em uma história de romance. A paixão não é o amor, entendes? “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.” Não quero colocar a culpa no capeta, é só um modo de expressão, sabe? Afinal, amar é saber se desapegar... difícil mas não intangível. Inigualável dificuldade que me cerca. Mas como diz a minha mãe: “a melhor parte de um livro é o final, não sabemos como termina, mas em todos os casos nos surpreende e fecha o capítulo”.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Dodói
Eis então a conclusão que não leva a lugar algum: apesar de não estar, está apenas pesando em mim e concluindo que “enfim sós” não é tão “sós” assim... Nunca há um modo de escapar, nunca se quer há como parar para tomar algum ar, não dá pra simplesmente se esconder em um dueto calorento até porque o calor passa rápido demais ao ouvir o som de passos se aproximando. Vou logo vindo de volta, voltando ao início, recomeçando a reconhecer um ciclo que até agora se mostra interminável, ou praticamente momentaneamente inabalável. Uns trocados que me restam eu uso pra esquecer algumas desavenças do acaso, os livros eu uso como uma ponte, que ao ser atravessada, me transporta a um mundo muito além do que eu sei, do que eu acho que sei sobre isso aqui, e as pessoas me ajudam a não me esquecer de lembrar, relembrar. De novo o então da conclusão que não leva a lugar algum: jeito é jeito, depende de quem mostra, depende de quem aprova, jeito é jeito, depende só do jeito que é aplicado, do que é interpretado e do jeito que é ajeitado. Não me ajuda muito pensar assim, mas eu to meio sem jeito pra organizar algumas coisas, então essa pouca ajuda é de todas as formas bem vinda, ajeitando um pouco essa vida. Adoeci mas não perdi minha menina, não assim, nem assado, nem passado, só futuro, ou vulgo “novo passado”.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Meu Pré-Conceito É Invisível
“Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros.”
Masaharu Taniguchi
sábado, 26 de setembro de 2009
Amém
A verdade é algo que existe apenas para quem é otimista
demais
Pois a verdade absoluta é pura ilusão
Como não usar da intenção de aos poucos prosseguir?
Antes fosse melhor ter como ninguém a verdade morando
ao lado de você
Certamente sua casa iria prevalecer na mentira contada
mil vezes se torna verdade para quem acreditar
Que a mentira simula o que a gente não pode evitar ou
conter
Surreal conter
A verdade está embriagada com quem se contenha em
apenas viver seu lugar
Justificando cada gota de suor que vem descer pra tudo
se ajustar, compartilhar com a mentira
Estamos presos em cima do muro que divide o sagrado e
o profano
Só restou erguer as mãos e mergulhar de cabeça.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Deixa O Sonho Ser Você
“É morena tá tudo bem
Sereno é quem tem
A paz de estar em par com Deus
Pode rir agora
Que o fio da maldade se enrola
Pra nós todo o amor do mundo
Pra eles o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho sem caber de imaginar
Até o fim raiar”
Me encontrava a cantar “Eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor”, e não falta, não falta, vindo daqui nunca faltará. Me atrevo até a fazer previsões, a reter conclusões e arquitetar segredos, me atrevo sim, atrevido e sem dó, sem ré, sem si e sem lá, sei lá. Me ajudo a te ajudar, conseguir não falar, não expressar, desconversar pra não indagar e alimentar aqueles pensamentos famintos. Gula sentimental? Me reforça a idéia de deixar pra lá, só que lá é chato, meio sem cor, lá é praticamente um vazio, faz muito eco. Me recordo muito, todos os dias, me recordo as pressas, me recordo vorazmente, recordo e concordo em gênero, número e grau, só não sei porque recordar em vão, me deter a 4 paredes e um eu sem graça. Lá se vem mais 3 dias de sonho em formato de ilusão, combater tédio com emoção, convencer-me a ter menos compaixão, abdicar de laços fortes e emendar laços partidos, pegar um monte de trapos sujos e fazer algo que preste. Calma, em melhor de 3 não há empate. Se quando o sol se for pode anoitecer, pode a noite cedo terminar, pode anoitecer e terminar. Se quando o sol se ver, pode acontecer, pode a noite cedo voltar, pode amanhecer e recomeçar.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Prólogo da Tempestade.
“A maneira de fazer é ser.”
Lao-Tsé
Sinto que vem chegando um tempo conturbado, um tempo que dita o fim de muitas das incertezas ditas e pensadas por dias e noites. Algo me sopra ao ouvido o que é inevitável, o impacto de alguém em mim, amortecido pelo desconforto dos atos, ou atuações. Inigualável sensação de não ter onde pisar, de estar sem ar em frente a um cilindro e oxigênio que simplesmente é intocável, ou quase, dependendo do nível de desespero. Se quero desesperar ou não, essa é uma outra questão. Sem ar, sem chão, com vontade, com saudade. Sabe assobiar? Cantarolar, fazer barulho? Chama o tempo caótico, meu mundo ta precisando ouvir uma música mais grave e rápida, daquelas que dão dor no estômago. Só tenho cara de vilão, mas não sou mau, às vezes até quero ver o circo pegar fogo com os palhaços sendo cremados vivos, mas prefiro poder rir com uma mera encenação que seja. Às vezes incorporo um herói, suportando mais do que um humano consegue. Mas o herói morreu e a historinha não terá um final totalmente feliz. Meu bom senso consumiu todos os pensamentos utópicos de “tudo vai dar certo”, ilusão não é modo de perspectivar desejos, mesmo não sendo fácil assimilar, assassinei o herói em mim. Quem sair perdendo não vai perder nada, só vai levar tudo de bom que absorveu, quem sair ganhando não vai ganhar a guerra, só conseguirá prosseguir sem lamentações, caminhando por cima de corpos familiares, e mesmo assim, sem nenhum pingo de arrependimento. Continuo a amanhecer feito um trovão, anunciando a tempestade de inovações que caminha a meu encontro. E se conseguir chegar pelo menos ao meio da metade do que preciso, já é em sua sublime excelência, de bom tamanho. A armadura já está posta, o cavalo está pronto e a espada afiada na bainha, se segura porque o dragão é colossal e não conhece a palavra "dó".
Prisma, Luz de Prata.
domingo, 20 de setembro de 2009
Eu não sou de plástico.
“Não despedisses o tempo em lamentações, saiba transformar as dificuldades em oportunidades de tornar sua acuidade visual da vida através de um prisma em constante evolução.”
“ O quer você me pede eu não posso fazer, assim você me perde e eu perco você.”
HG
sábado, 19 de setembro de 2009
Virando A Noite
Eu precisava disso, realmente precisava, uma noite sem igual, cerveja belga, vontade de agitar, rock no talo, ritmos latinos, amores passageiros e aventuras de manhãs de sábados. Acuso o som, os amigos e o néctar amarelo. Revejo os tons, os dons e os acasos, situando realmente o que talvez esteja errado, volumando o que não é exato. Prolongar o fim de semana é a vontade unaneme, não há o que pestanejar. Vivi o dia no seu total, todos os minutos do tal, suas situações e acasos, seus receios e anseios, convindo que um dia é mais do que o bastante para apaziguar uma vida. Aliás, quem é o mais vivo, eu ou meu ser? Te espero aqui, enfim responder.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Você tem, no mínimo, 10 boas razões!
“Temos que ser originais porque, se formos como os outros, vão precisar de nós para quê?
Bernadette Peters
domingo, 13 de setembro de 2009
Chama, Me Chama Que Eu Vou.
Essa onda de calor não me faz raciocinar direito, nada funciona direito no calor. Só se for aquele calor do corpo, aí sim, mas em contra partida ninguém raciocina direito nesse tipo de calor. Quente, rápido e voraz. Devora tudo que te incomoda naquele momento, apagando até as mais grotescas crises existenciais. Já que afirmarmos o “existir” quando alguém te reconhece como um outro, demonstra que você vale muito, ou pouco, ou nada, tanto faz, mas demonstra. O suor é o sinal mais claro nos momentos desse “existir”, nesse calor de matar. Não consigo raciocinar mesmo assim, é quente demais. Se esquenta é bom, se esfria é ruim, se esquenta ninguém se aguenta, se esfria ninguém me ama, se esquenta todo mundo corre, se esfria todo mundo se junta, se esquenta a culpa é minha, se esfria eu dei mole, se esquenta o corpo fica mole, se esfria um tapa dói em dobro, se esquenta não dá pra fugir, se esfria não dá pra se esconder, se esquenta eu quero um abraço, se esfria eu quero ficar em baixo da coberta, se esquenta minha cabeça fica cheia, se esfria ela esvazia e eu reclamo, se esquentar eu boto fé, se esfriar eu faço esquentar de novo. Então se está quase morno? Eu uso o meu fogo? É a chama, me chama que eu vou.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Meio da Metade
"Don't worry, be happy"
Pode falar que me ama, pode dizer que é verdade, um amor só pra brincar, um amor pra desviar. Não me faz cara de “vem cá” que eu faço cara de “to indo”, e vou indo e vindo, daqui pra lá, entrando e saindo, chorando e sorrindo, fácil te arrancar um sorriso. Cochichei sobre isso ontem, e anteontem, e antes de anteontem, e antes de antes de anteontem, assim por adiante, lá atrás onde nasceu o tal do semblante, aquela dúvida errante. Ser ou não ser, eis a questão, com a faca e o pão na mão, porque não fazer uma refeição? Eita fome do cão! A sede em questão, é de cerveja e muita conversa, nada em vão, mas sem esquecer que a consciência também se embriaga e vai ao chão, adormece, e às vezes acorda já sem reação. Uiva pra lua, diz que hoje a noite é sua, minha também, e assim continua. Me fala, me diz que ama, continua, cuida do que é teu pra não se perder pela rua. Amortece com palavras de dúvida, se entrega a noite, estremece mas não se curva, enobrece e flutua até onde o coração se situa. Vem cá, para de charme, senta do meu lado e dá um gole, fecha os olhos e bebe tudo, fique alegre e acorde, os dias passam, se sacode, levanta a poeira, faz barulho, amanhece pra ti, faz do mundo um pula-pula, você pode. Fala que ama do teu jeito, fala que não é pra durar nem pra chorar, só pra insistir e aproveitar, pra quando vier parar de amargurar. Chega de lero-lero, tititi, blábláblá, nheco nheco, tum ti tum, pá tsí pá tsí, djugu djugu djá. Fala que ama só por não ter mais o que falar.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Amanheci Feito Um Trovão
“Uma idéia que não é perigosa não merece nem mesmo ser chamada de idéia.”
Oscar Wilde
Hoje eu amanheci feito um trovão, ecoando até um outro bairro só pra te acordar. Nada é pra sempre, e muito menos por acaso. É fácil se ajustar ao som grave e alto, não adianta tapar os ouvidos se for continuar olhando nos meus olhos, daí vem o empecilho desse clima caótico. São muitos enredos, enrolados, embriagados como nós. E esses dias passando em câmera lenta? E essa dor no meu estômago? E essas pontadas na minha cabeça? Pra onde quer que você vá, que você me carregue. Verdade, até porque a mentira não é uma amiga fiel, nem pra ti nem pra ninguém. Nossa memória foi contada por você e é julgada verdadeira. A lembrança me veio logo antes de adormecer na noite passada, eis o trovão que amanhecia. Sorrio, e eu não estou só, eu choro, e eu não estou só. Certeza é sinônimo de conforto, não em sua forma plena, seria plena se fosse transmitido em palavras, daquelas que realmente confortam, e confortam! Conforta então, pra fingir que o sim é não, e eu amanheço feito um trovão.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Suspiro
Bora pro outro lado, isso mesmo, pulando o muro. Tipo correr rápido e nos jogar contra ele, tomar um impulso até conseguir passar totalmente para o outro lado. Fugir do dono da casa que nem quando criança, boa época. Apertar as campainhas de todas as casas da rua, jogar bexiga d’água nas varandas, correr atrás dos gatos, escorregar pelo barranco, lutar na grama, fingir ser imortal, notar quantos tipos de sons podemos fazer com a boca. Hoje eu acho a saída pra essa nostalgia na música, eu sou músico há muito tempo, recordando canções inusitadas, só não sabia disso, e ainda não sei tocar nada além de corações.
Saidera.
Desce mais uma Original porque hoje vamos falar de amor. Aproveita o limão e o sal para pedir pro seu coração calar a boca da razão. Eu e você na mesa de um bar, debatendo sobre a posição dos planetas em nossas vidas.
Acende meu cigarro? Você quer meu casaco? O tempo esfriou mas a gente só tá começando. Vamos falar sobre tudo, esquecer o mundo e causar atração. Maldita razão.
Vamos buscar uma solução, juntar os cacos mas pisar no mesmo chão.
Cadê meu suín?
Lu.
sábado, 5 de setembro de 2009
Impulso Para Mover Algo ou Alguém
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
Chico Xavier
Tô precisando de um empurrãozinho, de um incentivo, daquele motivo pra conseguir me mover pra frente. É sem graça continuar na mesma por muito tempo, mudar só pra constar, mudar pra melhorar a vida. Um empurrãozinho no balanço, pra balançar mesmo, balançar tudo, deixar o mundo meio gelatinoso, sabe? Todo mundo precisa de inovação ao alcance das mãos, ou dos pés. Tô assobiando o dia inteiro só pra ver se alguma coisa muda de cor, se transita para um tom mais vivo, pra dar tom ao meu apreço. O vento bate e a pele arrepia, é o frio na barriga, vontade de mudar pra confundir, de iludir, de ter, de... sei lá, ventar. E meus amigos, onde estão? Estão por aqui e por ali, de vez em quando eu me junto nas empreitadas noturnas, mas ainda assim to precisando do empurrão, pra mudar a direção. Arranho umas notas na viola, isso faz dividir as vontades, como se metade de mim fosse assim e a outra fosse um cara mais ousado, punk hippie. Descalço na grama? Também já tentei, corri até quase expelir um dos pulmões pela boca, cai de costas no chão e resolvi parar de reclamar, momentaneamente, é claro. Já se passou um cigarro e meio, deu pra cansar, perdi a paciência e resolvi ir embora pra outro lugar, um lugar com gente animada, bebida liberada, música alta, coisas que enganam as responsabilidades, sabe como é? Estou totalmente embriagado de mim mesmo, hahahahahahaha...
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Logo Tão Somente
“Um pouco é tanto quanto muito, se é suficiente.”
Steve Brown
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Pé Descalço e Carro do Ano
“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens tem medo da luz.”
Platão
Vamos começar a ação, vamos começar emoção. Se durar muito tempo, lento, nenhuma satisfação. Há algo lá fora, é a atração.Se você hesitar agora, essa é uma subtração. Então, vamos começar a nos mexer, em reação. Ela flutuava leve, ainda descansava límpida. Pois é, tudo aquilo que não se pode ver, e ao amanhã a gente não diz... e ao coração que teima em bater. Foi pedir pra pendurar, não teve como pagar, foi apagado. Podia esse dia não ter fim. Nesse leva e trás, veja bem além desses fatos vis, saiba, traições são bem mais sutis. Não fique lá por muito tempo que é pra não me esquecer, leve um retrato que atrás tem um recado pra você. Alegria! É coisa pura, fecho os olhos e peço para Deus que possa atender que você tem tudo fácil demais, mas dessa vez não vai poder se salvar. Eu sou mais do que você esperava?. Eu estou morrendo de vontade de dizer qualquer coisa que você queira ouvir, porque é quem eu sou esta semana. Nós seremos derrotados, derrotados um round mais cedo. O vagão da banda está cheio, por favor, pegue outro. Bons amigos temos, bons amigos perdemos pelo caminho. Neste grande futuro você não pode esquecer de seu passado. Você tem a sua própria mente, então vá para o inferno se o que você está pensando não é certo. O amor nunca nos deixaria sozinhos, na escuridão deverá aparecer a luz. Você não vai perder sua água, até que você fique seco. Não importa como você o trata, o homem nunca ficará satisfeito. Há um lugar para um pecador sem esperança? Que fere toda a humanidade simplesmente para salvar a si próprio? Acredite em mim, há.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Ascensão VS. Superego
“É necessário abrir os olhos e perceber as coisas boas que estão dentro de nós, onde os sentimento não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.”
domingo, 30 de agosto de 2009
Pensa, Pensa, Pensa!
“A mente é como um estômago. Não é o quanto você coloca dentro dela que conta, mas o quanto ela digere.”
A.J. Nock
“Existem três tipos de pessoas. As que fazem as coisas acontecer, as que ficam vendo as coisas acontecer e as que se perguntam: O que aconteceu?”
Philip Kotler
Pensa, pensa, pensa, deixa de ser ridículo seu moleque! Ok, é uma sensação extremamente estranha e às vezes até irônica, parece que estou embalsamado há uns 2000 anos e ainda me mantenho consciente. Quer dizer, nem tão consciente assim, aliás, essa consciência é muito rebelde, normalmente ela anda do meu lado e me conforta demais, mas nos dias de pico ela é uma menina rebelde e muito, mas muito má, daquelas que dá vontade de metralhar insanamente com uma ponto 50, que nem a do Rambo. Voltando ao tema, não sei. Realmente não sei, só sei que posso analisar de forma a absorver tudo que é de bom para continuar me mantendo de pé, mesmo cambaleando e tropeçando nos próprios pés. Se eu fosse um maluco das faculdades dos EUA nesse momento eu estaria me preparando para almejar com armas de fogo uma quantidade de pessoas exatamente proporcional a quantidade de dúvidas, agonias e instintos errôneos que se apresentam a mim, aquela voz na minha cabeça gritando: “Sim, sim, vai lá, sim, tá tranquilo, sim, sim, fecha os olhos de seja feliz, sim!” ou “Não, não, nada a ver, não, deixa pra lá, você mais uma vez deu azar, não, não.”. Mais um copo de cerveja pra parar de pensar, ou será que é pra pensar de forma diferente? Enfim, eu aceito, por enquanto.
sábado, 29 de agosto de 2009
Libra: O dom do Amor
"...sempre à procura do prazer, quem tem esse nome precisa vencer a dificuldade de levar as idéias ou mesmo as pessoas a sério por muito tempo."
Este dom do amor de Libra trata do amor conciliador. A busca da união que deve haver para cada "pessoa - universo" distinto. O sentimento do pertencer. Libra lembra a cada um de nós de que nós nos completamos através da união e do amor, seja no íntimo seja na comunidade da qual fazemos parte. A personalidade Libra é toda doce, amável, afável. Tudo o que mais deseja é agradar e ser aceito. A personalidade libriana se desenvolve a partir de seus relacionamentos e dos sentimentos que lhe são espelhados. Se você perguntar a um libriano se ele deseja sair para ir ao cinema, ele possivelmente lhe retornará com outra pergunta, do tipo: "você quer ?". A identidade de Libra se manifesta pela sua inserção ao grupo. Daí que quando se trata de tomar alguma decisão, o libriano sofre, pondo e repondo pesos na balança. Na verdade, seu problema é justamente aí: Libra gostaria de poder optar sem desequilibrar a balança. Não se conforma com a idéia de que se escolher um caminho estará abrindo mão de outro. Nesta busca do equilíbrio, nada espantoso de que seja uma pessoa diplomática capaz de exercer julgamentos imparciais. Certamente a expressão: "vamos agradar a gregos e troianos" saiu de uma alma libriana. Fica ainda mais fácil compreendermos agora o fato de que Libra detesta injustiças. Ele é O justiceiro do zodíaco e nos surpreenderá com a destreza com que manipula a espada da justiça. Em conformidade com Venus, seu planeta regente, a personalidade Libra desenvolve um senso estético refinado (são ótimos decoradores inclusive), e frequentemente cultivam um comportamento de requintada educação.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Augúrio
Dizem que o espaço conta nossa história, literalmente. A disposição dos corpos celestes no caso, afeta diretamente todos os acontecimentos do universo, de nossas vidas, em quaisquer acontecimentos na terra ou em qualquer galáxia, na visão de quem acredita. Esse negócio de acreditar é relativo, tudo bem, varia de ser para ser. E quem não acredita em nada, nada acontece com ele? Eu sou um orgulhoso libriano, me disponho a procurar e remanejar a conversão dos astros em textos explicativos. Confesso que me ajuda, me conforta ler coisas que se detém à minha vida, normalmente exercendo seus acontecimentos exatamente como lhe foi mostrado nos textos. Energeticamente influenciável, parece coisa de super herói, mas é coisa de um rapaz com cara e jeito de moleque, sinto fluir, literalmente, e pra quem acredita, sabe que é importante. Uma boa conversa, cerveja de bar, mesinha ao ar livre, horóscopo na mente e tudo em panos limpos. Augúrio!
domingo, 23 de agosto de 2009
Só no Chat
Ela disse que me ama
Disse que me adora
Disse que me quer
Diz que quer morar comigo
Que sai da igreja
E aceita o candomblé
Diz que uma vez na cama
Esquece da fama
E de trabalhar
E prepara na bandeja
Um filé que seja
Pra eu não levantar
Ela vem com essa
E eu nem a conheço pessoalmente
Só no chat
Só na net
Só na mente
Eu já disse tantas vezes
Que só quero papo
Tenha piedade
Não estou de brincadeira
Tenho compromisso
Só quero amizade
Disparou na rede agora
Que já me namora
Parece lelé
Já marcou o casamento
Sem meu consentimento
Quer ser minha mulher
Meu .
O amor nunca teve um nome. Por sinal, na minha vida, tem vários nomes, graças a Deus! Mas o amor-carinho, o amor que não é só de elogios, o amor que enfrenta obstáculos, o amor que superou o ciúme, o amor que supera o tempo, o amor que vale mais que muitas nights, esse tipo de amor, eu só tenho um!
Não estou apaixonada e nem digo que não amo ninguém, estou feliz. Não estou louca de ciumes e nem liberal, estou feliz. Não devo satisfações a ninguém e nem preciso sair pra ficar com alguém, eu sou feliz. Eu sei que tudo que é realmente nosso volta pra gente e faz uns anos que ele volta.. Acho que ele é meu, né?
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Entre Aspas
“Quem revela o segredo dos outros passa por traidor; quem revela o próprio segredo passar por imbecil.”
Fernando Pessoa
Passou. Resta apenas um contato com o mundo racional. Nosso mundo é a origem, quem dirá bem natural. Apenas um contato, você vai ver beleza sem igual. Resta apenas uma dúvida com o mundo surreal. Nosso conto é vertigem, quem fará dele um ideal? Resta apenas uma disputa com o mundo no seu total. A lua faz seu papel, fez o vento resfriar quando o mal começava. O fim então durava, o que acabou não se acabava. A lição foi mal passada, quem aprendeu não sabe nada. Quando o bem começava, o fim durou e o fim durava. Passou com passos largos em direção a mandala de vento, frio e calorento, por assim meu lamento. As pessoas correm pra que? Minha vida corre pra que? Avisou sem ligar pra nada, me ligou, se libertava. Iludiu a salvar seu pescoço, e assim deixou pra trás um bom moço. Passou e não resta nada, o mundo virou, o jogo parou, aqui falta sal. Tá sem gosto esse prato, não pode piorar, mas perdi meu garfo. Diz então o porque do meu são coração desmancha feito macarrão na água fervente do caldeirão. Quem me conhece até estranha, agora sou feliz por respirar, andar e falar. O que tem demais em ter razão?
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Pensando Bem
Como diz o título, é besteira reclamar. Pensa comigo, dinheiro, boas pessoas, más pessoas, fêmeas da espécie, bom humor, ar puro, água, ar não tão puro, fugas da sobriedade, intrigas, frio na barriga, vontade de ir mais longe, nada disso me falta. Planos resumidos num futuro bom, e se qualquer divindade quiser, breve. É normal estremecer quando damos de cara com súbitas mudanças de situações, conforme essa linha de tempo que o Cara lá de cima traçou, com certeza sob efeito da Maria Joana, com certeza! Então, às vezes eu reflito tanto, mas tanto, que eu chego a fadigar, canso de refletir, então chego a conclusão nenhuma e fico com uma cara de cu sem igual. Esse exato momento, acende-se a faísca de esperança, uma esperança qualquer que surge por aqui, então eu volto com aquelas coisas de pensar positivo, de achar tudo lindo, e sorrir pra todo mundo, de gostar de gostar de mim. Por mais uma vez um certo período de dias abala minhas estruturas, mas me seguro firme em tudo aquilo que pode manter meu equilíbrio diante ao terremoto de sensações, bambeio mas não caio, que nem bêbado de bar de esquina, aqueles que você sempre vê cambaleando pela calçada, mas nunca no chão. Sendo que me orgulho nesse caso, de ser um alcoólatra, quero mais algumas doses, até me encontrar totalmente embriagado de emoção, só conseguindo enxergar alguns flashes e luzes, fazendo merda, não pensando em consequências, não me importando com regras ou censuras, me libertando desse realidade que muitas vezes me sufoca, mas ao mesmo tempo me ajuda a enobrecer. Pesando bem, eu sempre me fodo, mas eu sempre ganho mais do que perco.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Lavei Minha Alma
“Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a mamar... Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado, e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que realmente é nosso, nunca se vai pra sempre.”
Bob Marley
Pedi aos céus, no dia de hoje, pedi aos ventos de todos os pólos, na noite que teve início, pedi proteção. Entrei com a tensão dos meus acasos, saí com o alívio e o pensamento longe, lá onde a luz brilha mais forte, sincera. Vi nada a mais que a realidade, senti nada mais que o sentimento, aquela tremedeira de angustia à auto-realização já passou, foi-se junto ao dispor da dúvida, ou parte dela, por enquanto. Não é fácil entender uma pessoa, quanto mais um espírito. Mas a facilidade não é vista do modo certo, já que não é questão de ser fácil, é questão de ser possível. Só posso mentalizar o que eu quero, pedir aos céus suas bênçãos, aos que passam, suas rezas, e aos que estão, seu apoio. “And we're jammin' in the name of the Lord.” Me sinto mais leve, parece que tirei um peso de uma tonelada dos ombros. Agora é como se a janela do quarto estivesse sempre aberta, estranho, mas eficaz, santo Santo! E irá se repetir, e como irá. Fé, talvez eu a tenha.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
O Resumo da Ópera
Sintetizar e chegar a um senso comum? Sair por aí contando tudo que há de errado com meus meios de conduta? Resumir uma vida inteira em um segundo, um turbilhão, um mix de sentimentos, incertezas e probabilidades? Pra que perguntar se sabe a resposta? Pra que responder se sabe a pergunta? Aliás, alienou-se mesmo podendo reter mais coisas boas, afinal, todos reclamamos de boca cheia? Não da mais pra mim, continuo o mesmo, dava pra saber que não é? E a alegria que sobrou em mim, é o bastante? Não teria que ser melhor exatamente pra ser servido como sobremesa? Qual é a razão do meu eu? Canto mais uma música ou deixo pra você adivinhar a letra? “Eu transito pra todos os lados, eu exponho o meu modo, me mostro, eu canto pra quem?” Já perdi tanta coisa, de modo inútil eu lutei, me vi e re-vi, limpei a sujeira e então levantei, demonstrei? Demorou demais há se mostrar, e quando voltou, voltou a pensar, por que demorar? Pra que bambear? Por que de chorar? Não sei o nome de tantas coisas e mesmo assim me ponho a admirar, ajuda? Ajudar pra que, se correr não ajuda a crescer? Quem é ela, quem é ela? Minha alegria é importante pra mim? E pra ti? Você às vezes vê tudo em preto e branco que nem eu? Vamos sair por aí batendo palmas e cantando alto? Pra que? Prazer? Fazer o que, mais perguntas? E o sentindo de escrever, ler e reler, sem ao menos ter coragem de se comprometer? Aí sim, será que é o final do fim ou o início do jardim? Das flores que surgiram de você pra mim? Enfim? E agora, como fica o meu jasmim? Resumiu, mas relevou teu sim?
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Fugindo às Claras
Vicent Van Gogh
Pede pro tempo me esperar que essa é a saideira, afinal, ta tarde demais pra ficar por aqui. Avisa que eu já estou indo pra casa, liga pra dizer que estou pálido de indecisão. Enrola pra não dar bandeira, diz que pareço ótimo, melhor que nunca, fala que é pra esperar e ficar bem. Ajuda a distrair, chama toda atenção pro lado de lá, que hoje eu vou correr pro outro lado. Mas tem que ser de mansinho porque tudo o que é súbito sobe rápido e cai mais rápido ainda. Amacia a carne, acalma a quem realmente te enxerga, espera eu esquivar dos olhares prepotentes. Quando estiver seguro pra entrar, avisa, mas fala baixo, não quero acordar ninguém de um sono tranquilo que sirva de palco para alguns sonhos. Recorda, não esquece que abraço é a chave da porta, saindo por ela existe um mundo inteiro pra se andar. Mas calma, não quero me despedir de ninguém antes de sair, até porque eu espero voltar, em breve, suponho. Não é fácil fingir, então pode parar, não seja hostil com seu próximo, aliás, não seja com nada. Eu queria que essa saidera fosse maior, que no final ela me inundasse de você em mim. Considere isso é uma fuga, estamos fugindo de nada, mas mesmo assim, com aquele frio na barriga.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Vou Chegar no Final de Mais Uma Canção
“Nada vai mudar entre nós. Como eu sei? Eu só sei.
Tudo vai permanecer igual, afinal, não há nada a fazer.”
Senta aqui, enche meu caneco que derrubou, na mesa do bar
E molhou meu coração
Escorreu pela tua pele e tocou a minha
Ilusão de final sem mais uma canção
“Lá, lá, lá” sem fim
Não adianta chorar por mim assim
Chega aí, só esquivando da tua obrigação
De ter de querer
Só mais um na multidão
“Bla, bla, bla” que enfim
Ajuda a pensar que sim
Volta aqui, pois veja bem então
Ajuda a me levar
A aquele grau de elevação
De não ver o que não tem, e assim
A alma sonha em paz pra mim
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Hão de Compreender
Ah, ta bom, vamos fingir que ninguém nunca almejou algo que já tinha dono. Sendo que é bem mais fácil falar que não, é claro, ta na cara. Veja pelo lado ruim, é em seu grande e total absoluto, frustrante. Frustração errônea em vários quesitos: sinceridade, sensatez, sobriedade, eloquência, e assim por diante. Agora veja pela fresta da porta, olha lá, o lado bom se escondendo! Camarada, não estou disposto a muitas coisas por essas bandas, não por agora, não estou por não estar, é fácil, dinâmico e sinceramente neutro, essa neutralidade. O tal do lado bom é bem resistente, gradativamente se mostrando a mim. Tal covardia pode e será recompensada em suas reais e devidas formas. O enfim dos meus enfins, finalmente chegou ao ponto em que não falo nada com nada, pra alguns, é claro. Esse nada com nada é um tudo com tudo de tudo tão grande que eu chego, paro, olho pro alto e mesmo assim não consigo ver o seu fim, ou começo, enfim. Hão de compreender que essa compreensão não se detém a má índole, ou quaisquer vertentes de um caráter corrompido, muito pelo contrário, um sorriso muda uma vida, uma morte, uma nada, um tudo, contanto, não é pra tanto.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Bis
Cadê teu repi
Quem é teu padri
Onde é que tu to
Cadê teu suin
Guitarra não po
Desista mole
Quem é que te indi
Cadê teu suin
Com que sobreno
Melhor ir sain
Dou nem mais minu
Tô nem mais
Ainda tem a cora
Gentinha atrevi
Da cá sua vi
Da cá seu suín
Guilhotina?
Eu que controlo o meu guidom
Com ou sem suín
Com ou sem suín
Com ou sem suín
Guichê só de ven
Da lá toma no
Tamanha revan
Cheio de vingan
Santinha cecili
Andou me esquecen
Dou rima por p
Hão de ter o suín
Acerta esse tom
Zera essa reza
Aumenta o vo
Calma com o andamen
To insatisfei
Tomara que venh
Aquele refr
Hão de ter o suín
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Cadê Teu Suín?
Divulgo o meu melhor, pra te tornar maior. Tanta inteligência, eu não sei. Escuto e cruzo os dedos, penso em anoitecer só pra luz ceder, o céu escurecer e a estrela brilhar. O ego embaça, limpa só pra você ver, não ser triste é viver pra frente. Ser exatamente como se é, é fazer um papel importante nessa peça. Sempre pra frente, sorridente como és. “Alguém que sabe olhar e sabe andar sempre pra frente, sabe se adaptar, ser diferente. Pode até ressucitar quando presente que alguém quer se tornar exatamente como ele é.”. Frases tão bem colocadas, o som das tuas risadas enche o salão. Eu pego tua mão e digo que amanhã já é futuro, se joga que eu seguro, e quando machucar eu curo, se precisar. Vai que a gente um dia eternize a companhia juntos até o fim chegar, nossos segredos para sempre então vamos contar. Pois só a gente sabe, o mundo desconfia. Só a gente cabe, o mundo é ventania. Não espera nada nem ninguém, não faz sentido pra mais ninguém. Sei que não é mais o caso, eu ando mesmo tão desapegado... Eu voltei a andar devagar, a contemplar o mar, quem ouve chega a estranhar. Eu aprendi que a espera só serve pra desesperar. A paz enfim voltou, retomo meus sapatos com convicção. O filme da minha vida pede mais ação, deixei sozinha a solidão. Onde eu já deveria estar? Atrás de mais uma memória pra guardar. Não ter mais hora pra acordar... A sensação estar feliz por respirar. O efeito de um abraço, uma palavra amiga pra alegrar, saber onde focar. A vez de cada passo acompanhando o ritmo de andar, seguir sem tropeçar. O firmamento molda quadros pra nossa visão, sorrir do passado, nossa diversão, tocar o céu sentindo os pés sempre firmes no chão. Reinventar o valor, ser feliz aonde a gente for.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Parece Que Foi Hoje
Teu desespero em não te achar
Aliou-se ao teu olhar
Perdido pelo lugar
Não dá mais pra fingir que não é
Capaz de entender o que é a dor
E demora pra dizer
Que esse é mesmo o teu adeus
Não dá mais pra fingir que não tem
Outro amor, um outro alguém
Que não se compara ao que tem
Apesar de ser mesmo o teu adeus
Parece que foi hoje
Temor que desaparece ao tornar
Uma vida miserável em pensar
Que no dia do teu adeus, chegou a falar
Não dá mais pra fingir que não tem
Outro amor, um outro alguém
Que não se compara ao que tem
Apesar de ser mesmo um adeus
Mantém assim, melhor pra ti
Desvenda que vem
Um outro amor, um outro alguém
Melhor é o que já tem
Apesar de ser mesmo um adeus
domingo, 9 de agosto de 2009
O Mundo é Verde
"Minha aventura é a sagatiba
Saga quer dizer "em busca"
Tiba quer dizer "eterno"
Sagatiba
Eterna busca do valor mais puro
Da pureza dos olhos de quando se ama alguém
Do calor,da beleza,do sonho puro
Da delicadeza,do lado que beija
Da leveza das mãos que te fazem carinho
Do atleta que veste,que sua a camisa
De uma mão que segura,outra mão que precisa
De uma vela que acende pra reza da noite
De uma gentileza bonita que se faz aqui e ali
Nessa vida pro bem"
Um dedo cortado. Esse foi o preço cobrado por tantas mudanças repentinas, e como ter compaixão nunca é demais, band-eid nele. Ouviu o som da lua? Ela me pôs pra dormir logo depois da lucidez te deixar, rápida e sagaz. É certo que a lua estava bastante sedutora à noite passada, e por sinal a lucidez estava se comportando como uma garota bem fácil e sedenta por um beijo, na vontade de se jogar em direção à melodia que vinha do céu preto com pontinhos brilhantes. Água, terra, fogo e obviamente o ar, nem tão puro assim, mas o ar! Todos juntos brincando de ser diferentes, e assim, completando uns aos outros, lindo. A água era amarela de gelada, transparente e quente, branca e ácida. A terra era verde e marrom. O Fogo era laranja e azul. O ar era cinza-incenso. Todas as cores se juntavam e ao som da lua e consecutivamente ao despedir da lucidez, formavam um mundo verde. Pré-conceito foi-se já, já foi e já volta, e quando voltar já vai embora porque o mundo é verde.